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A um 2024 de muitas felicidades – por Elen Biguelini

Começamos mais uma vez um ano novo, de novas esperanças, novos desejos, novas expectativas.
A esperança já é imensuravelmente maior do que foi nos anos de pandemia e governo anti-vacinas. O ano inicia com olhos mais brilhantes, menos medo, mais possibilidades de dias felizes.

Mas o meio ambiente continua sendo destruído, a violência e o ódio ainda pairam entre muitos de nós.
Os traumas e consequências da Covid-19 e do pós-Covid, seja da própria doença, seja do enclausuramento, se mostram cada vez mais fortes. Crianças que não aprenderam, adultos que culpam todos os acontecimentos à vacina (quando esta fez seu trabalho muito bem feito e nos defendeu com primor), dores que não se curam e cansaços extremos em qualquer momentos. A pandemia deixou a todos doentes. As noticias falsas e os absurdos distribuídos como fatos apenas auxiliaram o defasar da sanidade mental de nossa população.

Agora, já passados dois anos do pior, podemos pensar em nos curarmos destas mazelas. Infelizmente ainda encontramos muitas pedras no nosso caminho. A inveracidade e o fluxo constante de violência ainda nós persegue. Mas podemos agora fugir um pouco das noticias infelizes. Os cinemas voltam a funcionar, as praias já voltam a estar verdadeiramente cheias.

Esperamos que 2024 seja um ano que traga cura para todos. Tanto mental, quanto espiritual e física. Que todos passem a apreciar a verdade e não apenas manchetes espalhafatosas. Que as crianças tenham um ambiente seguro em suas escolas. Que os adultos lembrem da necessidade de serem eles mesmos, defenderem seus ideais, mas nunca invadindo os direitos dos outros. Que as mulheres sofram menos violências (pedir que ela cesse como todo seria uma utopia inalcançável). Que as pessoas negras não tenham seus guarda-chuvas confundidos com armas, suas crianças alvejadas ao brincar nas ruas. Que também os policiais não morram em trabalho. Que os indígenas brasileiros tenham novamente seu lugar aceito na sociedade brasileira, que suas terras sejam respeitadas, seus rios não poluídos.

Desejamos a todos que este novo ano nos permita respirarmos, vermos nossas belas matas recuperadas, o fim das guerras inúteis e desnecessárias.

Que 2024 seja um ano melhor do que foi 2023.

(*) Elen Biguelini é doutora em História (Universidade de Coimbra, 2017) e Mestre em Estudos Feministas (Universidade de Coimbra, 2012), tendo como foco a pesquisa na história das mulheres e da autoria feminina durante o século XIX. Ela escreve semanalmente aos domingos, no Site.

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