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Do Aluguel Social à casa própria: a cidade cuidando das pessoas – por Jorge Pozzobom

“Preocupados com novos alertas, atuamos no presente mas focados no futuro”

Desde o início dos temporais que assolaram o nosso Estado em maio, a prioridade do nosso governo é proteger as pessoas. Infelizmente, perdemos cinco vidas, todas por conta do deslizamento, e, mais do que nunca, faremos de tudo para que isso nunca mais aconteça. Em Santa Maria, as chuvas atingiram diretamente cerca de 12 mil pessoas, deixando 1,3 mil desalojadas (em casas de amigos ou familiares) e quase 300 desabrigadas (acolhidas nos abrigos do Município). Foram 5 óbitos, todos por consequência de deslizamentos de terra, sendo três no distrito de Arroio Grande e dois na Vila Canário, Bairro Itararé. Hoje, todas as famílias que estavam em abrigos já estão em novos lares graças a uma iniciativa que fez toda a diferença: o Aluguel Social.

Em um mês, Santa Maria acolheu mais de 139 famílias, o que significa 247 pessoas em novos lares. Ou seja, foram assinados cerca de 140 contratos de aluguel, com os quais a Prefeitura garante moradia a essas pessoas. Também realizamos a mudança de 39 famílias para as novas moradias, sendo 35 oriundas da Vila Canário e quatro da Vila Nossa Senhora Aparecida (também conhecida como Churupa) – localidades próximas ao Morro do Cechella, interditadas pela Defesa Civil devido ao risco de novos deslizamentos.

Assim, todas as famílias acolhidas em abrigos do Município já residem em um novo lar por meio do programa. Ao todo, o programa Aluguel Social contempla moradores de 11 localidades e quatro distritos. Mas a nossa preocupação era que esse cuidado não parasse por aí. Começamos com o aluguel de R$1,2 mil, estendido por um ano e, agora, iremos comprar imóveis para as vítimas das fortes chuvas. Não temos como controlar ou impedir a força da natureza, mas, com planejamento e muito trabalho, iremos cuidar das pessoas.

Comprometidos e preocupados com novos alertas de temporais, estamos atuando no presente mas focados no futuro. E aqui entra a compra assistida de casas. A compra assistida é uma poderosa ferramenta de desenvolvimento urbano, visto que iremos adquirir imóveis prontos, o que não exige que o Município demande recursos de infraestrutura necessários para novas construções. Junto a isso, movimenta significativamente o comércio imobiliário local. Não queremos deixar ninguém desabrigado. Através de várias reuniões e importantes articulações com os governos federal e estadual, iremos comprar cerca de 500 casas, nos valores de até R$ 200 mil, para, assim, garantir que esse projeto, que era temporário, seja para uma morada permanente. Essa iniciativa tornou-se para mim e para o Rodrigo Decimo, nosso vice-prefeito, uma questão de dignidade e segurança aos atingidos pelas chuvas. Por melhor que fossem os novos lares, não ficaríamos tranquilos sabendo que, dentro de um ano, essas pessoas precisariam sair deles. Então, a compra dessas casas é uma grande conquista do nosso governo para todos nós.

Sei que ainda há muito a fazer. Ninguém estava preparado para tudo o que aconteceu. Mesmo assim, não paramos sequer um dia de buscar soluções para reconstruir Santa Maria. Todo o Rio Grande do Sul foi surpreendido pelas chuvas e nós só não sofremos mais danos porque trabalhamos com prevenção e planejamento, exemplo disso é o investimento em obras com macrodrenagem, resolvendo definitivamente problemas crônicos de infraestrutura nas nossas ruas e avenidas de todo o Município. Isso também é cuidar de todos nós. Mas, reforço: o compromisso com as famílias é a nossa prioridade neste momento.

Portanto, quero convidar, ainda, todos os corretores da cidade para uma reunião nesta quinta-feira (20), no Park Hotel Morotin, às 10h30min. O objetivo é explicar detalhadamente como deve ser realizado o cadastro dos imóveis junto ao site da Caixa. Queremos agilizar a compra dessas casas e garantir a segurança de um novo lar a quem mais precisa. Isso é trabalhar com fé, amor e esperança. Isso é a cidade cuidando das pessoas.

(*) Jorge Pozzobom é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Em novembro de 2020 foi reeleito para novo mandato. Ele escreve no site às quartas-feiras.

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3 Comentários

  1. O melhor para Santa Maria é colocar Possochato e Pessimo onde eles podem ser mais uteis, em casa cuidando dos proprios interesses. Porque no setor publico o estrago não é pequeno.

  2. Pessimo é outro marketeiro. Cuidando de “summit’s’ empulhativos e noutra ponta discutem o esgoto a céu aberto na Santa Marta. Mas esgoto na periferia não da voto.

  3. ‘Infelizmente, perdemos cinco vidas, todas por conta do deslizamento, e, mais do que nunca, faremos de tudo para que isso nunca mais aconteça.’ Há oito anos já moravam lá, não moravam? Burocrata, precisou o problema bater no gabinete para se coçar. Porque o foco é o Distrito Empulhativo. Deixa-se de lado o mais importante e cuida-se dos floreios que dão votos.

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