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As cidades, os gestores públicos e os desafios do envelhecimento – por Marionaldo Ferreira

“Promover uma visão integradora e inclusiva na gestão urbana é crucial”

As cidades e seus gestores precisam entender que envelhecer faz parte do ciclo natural da vida humana, e essa fase não pode ser sinônimo de abandono ou marginalização. Muito pelo contrário, é uma oportunidade para aproveitar a vasta experiência e sabedoria acumuladas por aqueles que viveram mais tempos.

A ideia de que a reinvenção e o ressignificado da vida são exclusividades dos jovens, devido à sua força física, é limitante. A verdade é que as necessidades e contribuições de uma população envelhecida são tão valiosas quanto as dos jovens. É crucial reconhecer que uma cidade deve planejar suas políticas e infraestrutura de maneira a incluir todas as faixas etárias, promovendo a participação ativa de todos os cidadãos.

Os desafios urbanos de envelhecimento, mobilidade, sustentabilidade do sistema de saúde e habitação são urgentes e complexos. O estudo “Diretrizes para a promoção de cidades saudáveis”, realizado pelo CEGOT da Universidade de Coimbra, destaca a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e cooperativa para enfrentar esses desafios. A cooperação interinstitucional e a avaliação contínua são fundamentais para criar cidades que respondam adequadamente às necessidades de seus habitantes.

A definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) de uma cidade saudável – aquela que coloca a saúde no centro das decisões e promove o acesso equitativo a recursos, bens, serviços e oportunidades – deve ser o objetivo dos gestores urbanos. Isso requer um compromisso com a melhoria constante do ambiente físico, construído e social da cidade, aproveitando todos os recursos disponíveis na comunidade.

A criação de um sistema dinâmico e aberto, que respeite e promova a identidade única de cada cidade, é essencial. Gestores inteligentes e inovadores são aqueles que conseguem unir todos os cidadãos em busca do bem coletivo, valorizando a diversidade de experiências e conhecimentos presentes na sociedade. Cidades inteligentes e inovadoras são construídas por pessoas que pensam de forma inteligente e inovadora, e isso inclui tanto os jovens quanto os idosos.

Promover essa visão integradora e inclusiva na gestão urbana é crucial para construir um futuro onde todos, independentemente da idade, possam contribuir para o desenvolvimento e bem-estar da comunidade.

(*) Marionaldo Ferreira é servidor aposentado da UFSM. Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Administração e Marketing, Psicanalista em formação e  tem, também, MBA em Gestão de Projetos

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