Da Coordenadoria de Comunicação Social do Tribunal Superior Eleitoral / Com foto de Reprodução
Há 28 anos, em 13 de maio de 1996, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Velloso, enviava as primeiras urnas eletrônicas aos tribunais regionais eleitorais (TREs). O equipamento, inicialmente chamado de Coletor Eletrônico de Voto (CEV), estreou nas Eleições Municipais de 1996.
De lá para cá, são quase três décadas de inovação, eficiência e segurança de que o voto digitado corresponde à vontade da eleitora ou do eleitor. A urna eletrônica que conhecemos hoje representa a concretização de um esforço de moralização das eleições brasileiras, uma nobre missão confiada à Justiça Eleitoral no ato de sua fundação, em fevereiro de 1932.
A criação da urna eletrônica é uma história de mulheres e homens à frente do seu tempo, de união entre os Três Poderes da República em favor de um ideal comum e de incansáveis experimentos realizados em diversos estados do Brasil.
Ao longo desta semana, o TSE publicará a série “Como nasce uma urna”, que mostrará tudo que envolve a produção e o funcionamento da nossa máquina de votar – desde a concepção do hardware e do software até o dia da eleição.
No aniversário da urna eletrônica, comemorado nesta segunda-feira (13), convidamos você a viajar pelo tempo para conhecer os bastidores da criação deste produto genuinamente brasileiro, que eliminou as fraudes eleitorais características da votação em papel.
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Protótipos de máquina de votar
Muita gente não sabe, mas a ideia de usar uma máquina para votar é antiga, nascida na época do primeiro Código Eleitoral, que também criou a Justiça Eleitoral. Entre outros avanços, o Decreto nº 21.076, de 1932, estabeleceu o anonimato da votação e instituiu o voto feminino. A idealização de um modelo eletrônico de votação teve início no mesmo período, mais precisamente entre os anos 1930 e 1950.
Em 1937, o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE) – como era chamado na época – analisou alguns equipamentos que poderiam ser usados para coletar o voto do eleitorado. Um deles, desenvolvido por uma empresa norte-americana, The Automatic Voting Machine, tinha um braço mecânico que marcava a opção escolhida pelo eleitorado e, no encerramento da votação, abria uma folha de metal na qual os votos eram registrados.
Em 1952, uma invenção brasileira chamada de Televoto foi apresentada à Corte. Apesar da promessa inédita de unir recursos presentes na televisão, no telefone e na máquina fotográfica, a ideia não prosperou, pois o radiografista responsável pelo protótipo jamais conseguiu desenvolvê-lo no nível esperado e o equipamento nunca foi usado em eleições.
Mais uma tentativa aconteceu em 1958, ano em que foi concebida a Máquina de Puntel. O aparelho funcionava por meio de teclas e de duas réguas que indicavam os cargos a serem preenchidos. Porém, por ter uma operação demasiadamente complexa, o equipamento acabou não sendo adotado no Brasil…”
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Barroso fala que a auditoria seria ‘o desejo de alguns voltar ao voto de papel’. O que só pode ser duas coisas: má fé ou burrice. Talvez uma terceira, combinação das duas.