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HISTÓRIA. Professores da UFN e da UFSM lançam livro para comemorar os 150 anos da imigração italiana

‘A Bela Polenta: por que é tão especial?’ terá lançamento oficial em 3 de agosto

Da Agência de Notícias da UFSM / Com Arte de Reprodução

Em 1874, os primeiros imigrantes italianos chegavam ao Brasil. No ano seguinte, em 1875, chegavam ao Rio Grande do Sul, distribuindo-se, inicialmente, em quatro colônias de imigração: Conde D’Eu (atual Garibaldi), Dona Isabel (atual Bento Gonçalves), Campo dos Bugres (atual Caxias do Sul) e Silveira Martins (Quarta Colônia), a partir de 1877. Na bagagem, traziam muito pouco, mas uma grande esperança de uma vida melhor, em um novo país, uma vez que fugiam da severa crise econômica que ocorria no Reino da Itália, recém unificado.

As dificuldades de que fugiam na Itália não foram muito diferentes das que encontraram no Brasil, especialmente nas colônias de imigração no Rio Grande do Sul. Em terras devolutas, cobertas de matas, distante de outros povoados, tiveram que iniciar do zero uma nova comunidade. Sem estradas, sem assistência médica, religiosa e sem escolas, desbravaram a Serra Gaúcha e a Quarta Colônia. A fome sempre esteve presente, tanto na saída da Itália quanto na chegada ao Brasil.

Nesse cenário, destaca-se um alimento básico, fundamental, que matou a fome dos imigrantes, tanto na Itália, quanto no Brasil: a polenta. Um alimento que, no início da colonização, estava presente em todas as refeições diárias, desde o café da manhã até o jantar.

A importância da polenta para os imigrantes italianos, oriundos majoritariamente do norte da Itália (vênetos, lombardos, trentinos e friulanos, principalmente), é tão grande que até uma canção foi feita em sua homenagem (“A bela polenta”). Essa canção, típica do folclore vêneto, é
conhecida e cantada até hoje pelos descendentes de imigrantes italianos no Brasil, especialmente, no Rio Grande do Sul e na Quarta Colônia.

Assim, homenageando a imigração italiana, através da “polenta”, as professoras Rosemar de Fátima Véstena e Thais Scottti do Canto-Dorow, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Franciscana (UFN) e o professor Marcos Daniel Zancan, coordenador do Projeto de Extensão “História, Língua e Cultura de Imigração Italiana na Quarta Colônia” (Projeto Quarta Colônia), do Colégio Técnico Industrial (CTISM) da UFSM, lançam o livro temático intitulado “A Bela Polenta: Por que é tão especial?”, bilíngue, em Língua Portuguesa e Língua Vêneta.

O livro, que atende tanto o público infantil quanto o público adulto, aborda aspectos históricos, folclóricos, musicais, teatrais, científicos e de culinária, trazendo desde a letra da canção, até aspectos botânicos relacionados ao milho, incluindo seu plantio e colheita. Inclui ainda diversas gravuras relacionadas à temática da polenta e um jogo para o público infantil, que, ao mesmo tempo que apresenta aspectos históricos, linguísticos e culturais relacionados à polenta e à imigração, também desenvolve a educação financeira do jogador.

Com o apoio da UFN, UFSM, Campal, Sicredi e Geoparque Quarta Colônia, o livro será impresso e disponibilizado para as escolas da Quarta Colônia. Para disseminar esse patrimônio cultural, os autores, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da UFN e do Projeto de Extensão da UFSM “História, Língua e Cultura de Imigração italiana na Quarta Colônia”, estão organizando oficinas temáticas, as quais serão ofertadas, gratuitamente, aos alunos das escolas dos municípios da Quarta Colônia, na ocasião da entrega dos livros.

O lançamento oficial do livro irá ocorrer no dia 3 de agosto, no município de Ivorá, em evento alusivo à culinária da imigração italiana, promovido pela Associação Vêneta de Ivorá, Projeto Quarta Colônia, UFSM, UFN e Unirio.

A versão e-book já está disponível no link (e também abaixo, no arquivo em PDF)

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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