Por Maiquel Rosauro
A vitória de Rodrigo Decimo (PSDB) à Prefeitura de Santa Maria, neste domingo (27), marcou a terceira virada consecutiva do PSDB no pleito municipal. Assim como Jorge Pozzobom (PSDB) em 2016 e 2020, Decimo terminou o 1º turno em desvantagem e conseguiu mudar o jogo no 2º turno. A conquista deste ano ficou marcada por uma forte transferência de votos de outros candidatos de direita ao tucano.
Em 2016, Valdeci Oliveira (PT) terminou o 1º turno com 43.746 votos (29,68%) contra 43.037 (29,20%) de Jorge Pozzobom (PSDB), diferença de 709 votos. No 2º turno, apenas 226 votos separaram o vitorioso tucano – 73.003 votos (50,08%) – dos 72.777 votos (49,92%) do petista.
Quatro anos depois, o então vice-prefeito Sergio Cechin (PP) terminou o 1º turno com 35.218 votos (26,49%) contra 33.080 votos (24,89%) de Pozzobom, diferença de 2.138. O tucano foi reeleito com 71.927 votos (57,29%) contra 53.616 votos (42,71%) do progressista, alcançando 18.311 votos de diferença.
Em 6 de outubro, Valdeci registrou 58.580 (40,63%) votos contra 37.295 votos (25,86%) de Decimo. Uma diferença recorde de 21.285 votos. Porém, neste 2º turno, Decimo venceu com 76.803 (54,50%) votos contra 64.113 (45,50%) votos de Valdeci, diferença de 12.690 votos.
Ou seja, em três semanas de campanha neste 2º turno, Decimo conquistou 39.508 novos votos e Valdeci aumentou sua votação em apenas 5.533 votos – o que representa pouco mais dos 5.234 votos conquistados por Paulo Burmann (PDT) no 1º turno.
Fica claro que ocorreu uma massiva transferência de votos de Roberta Leitão (PL) e Giuseppe Riesgo (Novo) para Decimo. No 1º turno, os dois candidatos fizeram juntos 41.945 votos (Roberta, 26.838; e Riesgo, 15.107).
Neste domingo (27), ainda foram registrados 3.149 votos brancos e 2.865 nulos. No total, 146.930 compareceram às urnas em Santa Maria, com uma abstenção de 29,83% (62.463). No 1º turno, 27,54% (57.661) deixaram de votar.
Decimo, que atualmente é o vice-prefeito de Santa Maria, assumirá o Poder Executivo em 1º de janeiro de 2025, com Lúcia Madruga (PP) como vice-prefeita.
Alguns ANAListas da urb atribuiram a vitoria eleitoral a genealidade estrategica politica de Pacheco e Cortez. Os votos herdados graças a rejeição não contaram.
Contam, que se fossem apenas pela rejeição (desgaste de valdeci e farret) qualquer um ganhava, mas não seria o caso se a candidatura que passasse para o segundo turno fosse a roberta leitão, por exemplo. As candidaturas mais bem costuradas são as exitosas, não há “sorte”, não há apenas “se votou “a” agora vota “b”, tens que costurar uma estratégia muito bem pensada para convencer aqueles eleitores em que o seu candidato favorito não passou, se fosse alguém com rejeição, “adeus tia chica”, como se diz, portanto, desde a escolha do candidato e seu vice, até um eventual segundo turno, muita coisa precisa ser feita para angariar apoios (e, principalmente, votos). Podemos exemplificar a candidatura da vereadora roberta, que já começou errada nas internas do partido, “atravessando” outros nomes, mais fortes que ela inclusive, para uma candidata com alto índice de rejeição. Eleição não é só matemática, e para a matemática ficar ao seu favor, precisa sim que tenha estratégias e costuras muito bem amarradas.
Agora vai avançar, periferia! Aguardem 72 horas!