Diminuímos as áreas de risco em Santa Maria: a cidade cuidando das pessoas – por Jorge Pozzobom
É fato um: “sei que temos muito a fazer, mas temos muito a agradecer também”
Passados seis meses da maior tragédia climática que o nosso Estado já vivenciou, continuamos em reconstrução. Assim que fomos acometidos pelas fortes chuvas em maio, priorizamos o que sempre fazemos: o cuidado com as pessoas. E, de lá para cá, não paramos. Já são 309 famílias em novos lares, por meio do Aluguel Social, pago pela Prefeitura. Também iniciamos a compra das casas para todas.
Nosso objetivo é que elas, ao saírem das áreas de risco, tenham casas próprias. Queremos, mais do que nunca, dar segurança e dignidade a quem perdeu tudo nas enchentes. Já entregamos mais de cem casas. Na próxima semana, entregaremos 30 novas residências para os moradores que foram atingidos e, logo, logo, entregaremos mais 160 casas de até R$ 200 mil cada. No total, serão R$ 21 milhões da Prefeitura destinados para a aquisição das residências.
Tirar as pessoas das áreas de risco é importantíssimo e somos incansáveis nisso. E sobre esse assunto trago boas notícias. Desde o início da nossa gestão, diminuímos de 118 para 26 áreas de risco em Santa Maria. Isso foi comprovado pelo Serviço Geológico do Brasil. Não paramos por aí. Por meio do Plano Municipal de Redução de Risco, iremos definir ainda mais ações contra desastres. Esse estudo técnico e minucioso que já estamos efetuando deverá ser concluído já no primeiro semestre de 2025.
Iremos analisar cada uma dessas áreas e apontar soluções. Entre as intervenções já apontadas pelo estudo, está o desassoreamento do Arroio Cancela, por exemplo. A última opção, claro, é deslocar as pessoas. Desde 2017, a Prefeitura monitora as áreas de risco. Ou seja, esta não é uma ação somente para este momento. Por isso, tenho certeza, que não sofremos maiores danos com as chuvas de maio.
Perdemos cinco pessoas, o que nos entristeceu muito, mas poderia ter sido bem pior caso não estivéssemos trabalhando neste sentido muito tempo antes. Um outro estudo encomendado pela Prefeitura, a ser concluído nos próximos 90 dias, apontará quantos dos 750 moradores do Morro do Cechella, o mais afetado nas chuvas de maio, deverão ser realocados.
Sei que temos muito a fazer, mas temos muito a agradecer também. Outras ações têm sido feitas para prevenir mais prejuízo com possíveis temporais, entre elas, o aumento da equipe da Defesa Civil e a compra de carro, drone e demais equipamentos, sem deixar de pontuar os mais de R$ 100 milhões investidos em macrodrenagem. Sem esse trabalho, Santa Maria poderia ter ficado toda debaixo d’água como aconteceu em outros Municípios do Estado.
Diminuir tanto o número de áreas de risco tem sido importantíssimo e, agora, comprar essas casas para essas famílias é um compromisso que iremos cumprir. Reforço: cuidar das pessoas é premissa do nosso governo e, mesmo concluindo o meu mandato, jamais deixarei de buscar recursos e soluções para trazer o melhor para a nossa cidade.
(*) Jorge Pozzobom é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Em novembro de 2020 foi reeleito para novo mandato. Ele escreve no site às quartas-feiras.
Só aconteceu depois que a agua bateu no queixo. Burocrata é assim, enquanto o problema não bate no bureau ele não existe.