LUNETA. Escorpião-amarelo encontrado em Santa Maria, estiagem e a situação da soja na região

Por Paulo André Dutra

* Mal distribuída, a chuva de sexta-feira (17) amenizou, mas não resolveu a estiagem que predomina na região e se alastra pelo Estado.

* Nos últimos 30 dias, segundo o site do Inmet, a estação que mais registrou chuvas na zona urbana de Santa Maria fica no Bairro Patronato, com cerca de 40 milímetros. A média histórica para esta época do ano é de 166 milímetros.

* Comunidades rurais já começaram a solicitar água potável às Defesas Civis municipais. Em Santa Maria já houve entrega no distrito de São Valentim, Santo Antão e Boca do Monte, dentre outras localidades. 

* Devido à situação, um decreto de situação de emergência deverá ser publicado nos próximos dias. 

* Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Marcelo Dalla Corte, a partir disso também haverá distribuição de água para dessedentação animal.

* Em Mata, cerca de 25 famílias da zona rural de Mata também foram atendidas pelo órgão municipal.

* Principal produto agrícola da região, a soja terá redução de área devido à pouca umidade no solo para a conclusão do plantio no período do zoneamento agrícola, com limite em 28 de janeiro.

* Segundo o mais recente Informativo Conjuntural da Emater regional, 19,7% das lavouras semeadas encontram-se em fase reprodutiva, período em que a falta de umidade se torna crítica para a produtividade.

* Um comunicado emitido pela Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria, na semana passada, alerta sobre a captura de um escorpião-amarelo (Tityus serrulatus). 

* Foi encontrado no dia 8 de janeiro, nas dependências de uma empresa no Bairro Pé de Plátano. Agentes de Saúde Pública e Vigilância Ambiental coletaram o espécime.

* Possui hábitos noturnos e durante o dia escondem-se sob cascas de árvores, pedras, tijolos e dentro das residências (principalmente calçados). Com altas taxas de reprodução, é considerada uma espécie oportunista e até então não havia sido avistada em Santa Maria.

* Possui veneno de alta toxicidade, sendo a responsável pelo maior número de acidentes graves com animais peçonhentos no Brasil, com registro de óbitos.