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Outra gestão pública é possível? Com os mesmos? – por Marionaldo Ferreira

“Tendo os mesmos na gestão... será mais do mesmo. Quero estar errado!”

Essa é uma verdade que precisa ser enfatizada quando falamos sobre a gestão de nossas cidades e o planejamento urbano. Em meio a tantas transformações, como podemos alinhar nossos planos à dinâmica urbana?

Quando deixamos de ser nômades e passamos a fixar território, nossa organização espacial já indicava nossas lógicas sociais. Desde a antiga Mesopotâmia até o final do império romano, as cidades eram o centro político, que se configurava no interior de muros erguidos para a defesa de seu excedente de produção.

No século XVIII, a revolução industrial produz uma grande cisão nos modos de vida, e a cidade passa a ser a concentração dos meios de produção e toma proporções nunca imaginadas. No Brasil, a ideia de ordem se materializa no plano-piloto para Brasília e outras cidades buscam adaptar-se à organização moderna. A Cidade Contemporânea surge como um lugar de lugares concretos e abstratos, que pode ser encarado como um cenário de conflitos e de oportunidades. Em meio a essa complexidade, a tecnologia surge como uma aliada.

A revolução tecnológica hoje é digital e informacional, com o potencial de transformar a maneira como planejamos e gerimos nossas cidades. Um novo planejamento com Tecnologia.

Os modelos computacionais urbanos emergem como ferramentas possíveis ao “novo planejamento” – eles não podem prever o futuro, mas nos preparam melhor para lidar com ele. Com eles, podemos simular diferentes cenários e entender como nossas decisões podem impactar o desenvolvimento urbano.

Repensar a Gestão Urbana é fundamental nesse cenário em constante e veloz transformação. Até que ponto é coerente fixar regras e até que ponto podemos flexibilizá-las? Essas são as perguntas que precisamos responder ao planejar as cidades.

Como encontrar esse equilíbrio?  Acreditamos que a chave está em equilibrar o planejamento rígido com a flexibilidade necessária para se adaptar às mudanças. Precisamos conseguir estabelecer uma visão de longo prazo para nossas cidades, mas também estar prontos para ajustar nossos planos à medida que novas realidades surgem.

Afinal, outro mundo é possível, e outra gestão também é possível. Precisamos apenas encontrar o caminho certo para chegar lá.

A administração da cidade de Santa Maria já tem mais de 8 anos e até o momento nada de novo. A não ser o aumento de secretarias municipais, ajeitados os partidos e apoios existentes, não vimos até o momento nada que pudesse ter como base o desenvolvimento econômico e o respeito a cidadania.

Vejo muita propagada e uma afirmação da imagem do prefeito, até para diminuir a sombra do que saiu. Mas, tendo os mesmos na gestão, creio que será mais do mesmo.

Quero estar errado!

(*) Marionaldo Ferreira é servidor aposentado da UFSM. Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Administração e Marketing, Psicanalista em formação e tem, também, MBA em Gestão de Projetos.

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Um Comentário

  1. Se Tonho Aideti tivesse sido eleito não haveria muita diferença. No mandato dele não havia meia duzia de empresarios no secretariado? Qual a diferença? Desenvolvimento economico não é a prefeitura que produz. Não tem nem quadros para tentar algo.

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