O problema não é novo – por Giuseppe Riesgo
“Ajuste das contas (municipais) passa por um conjunto de soluções concretas...”

A gestão pública municipal precisa ser conduzida com responsabilidade fiscal e foco na eficiência dos serviços prestados à população. A recente mobilização dos servidores de Santa Maria reflete um caos que se arrasta há anos, por um problema que certamente não é novo. A incapacidade de equilibrar as contas do fundo previdenciário municipal e a falta de medidas estruturais para tornar a administração mais enxuta e funcional já se delonga por diversas gestões.
A crise previdenciária do município não surgiu do dia para a noite. Ela é resultado de décadas de gestão ineficiente, de aumentos sucessivos de despesas sem a devida contrapartida de receitas sustentáveis. Reformas estruturais não são apenas necessárias, são urgentes. E isso exige coragem para tomar decisões impopulares, mas imprescindíveis para garantir um futuro equilibrado para Santa Maria.
O ajuste das contas passa por um conjunto de soluções concretas: revisão de benefícios, modernização da gestão, corte de gastos excessivos e otimização dos recursos. Concessões e privatizações devem ser vistas como ferramentas estratégicas para reduzir o peso da máquina pública e liberar recursos para áreas essenciais. Mantê-las sob gestão estatal ineficiente apenas perpetua o problema e sacrifica a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos. A administração municipal não pode mais se dar ao luxo de adiar soluções ou ceder a pressões que mantenham o status quo. Cada real gasto de forma ineficiente é um real que deixa de ser investido em infraestrutura, educação e segurança. Servidores públicos cumprem um papel fundamental, entretanto gestão fiscal responsável precisa ser prioridade, para que o sistema não colapse, seus beneficiários não fiquem sem seus proventos e toda a cidade seja prejudicada.
Sempre alertei sobre esse problema. Durante minha trajetória na vida pública, enfatizei repetidamente a necessidade de reformas estruturais e de um ajuste fiscal responsável na previdência de minha cidade. Quando houve a oportunidade de debater esse tema, reforcei a urgência de medidas concretas para evitar que a situação chegasse ao ponto crítico em que se encontra hoje. Ignorar esses avisos e continuar postergando soluções apenas aprofundou o problema, e agora a cidade precisa agir com responsabilidade e determinação.
A solução passa por medidas duras, mas necessárias: controle de despesas, revisão de gastos obrigatórios e a busca por alternativas inovadoras para a prestação de serviços e fechamento do rombo previdenciário. Nossa cidade precisa encarar de frente sua realidade fiscal e implementar um modelo de gestão que garanta eficiência, sustentabilidade e respeito ao dinheiro público. O tempo da improvisação acabou.
(*) Giuseppe Riesgo é secretário de Parcerias, da Prefeitura de Porto Alegre, e ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no site às quintas-feiras.
Os servidores públicos não são os responsáveis pela má gestão do dinheiro público. A solução desses liberais é sempre tirar/confiscar o salário dos funcionários.
Texto genérico. Acrescenta nada. Resumo da opera? ‘Espertos’ dizem que a população do RS começa a diminuir a partir de 2027. Curva demografica. Menos gente trabalhando para sustentar mais gente ‘aposentada’ (previdencia é um esquema de piramide). Menos alunos e alunas nas escolas. Menor clientela para as universidades, publicas e privadas. Repercussões economicas obvias. Decadencia acentua-se. Não existem agentes politicos a vista capazes de lidar com a situação. Caminho é ‘vamos deixar como está para ver como é que fica’.