O que Santa Maria perdeu – e continua perdendo – por Giuseppe Riesgo
“Dois exemplos de inércia, de abandono de espaços públicos” do município

Nos últimos dias, duas notícias chamaram atenção e dizem muito sobre a forma como o poder público trata a infraestrutura e os espaços públicos em Santa Maria.
A primeira foi o fechamento do Parque da Cacism. Por mais de 15 anos, o espaço foi mantido pela entidade empresarial e serviu como área de lazer para milhares de santa-marienses. Era um exemplo de parceria entre a iniciativa privada e a cidade. Só que essa parceria, na prática, nunca teve apoio institucional. O convênio com a Prefeitura foi assinado, mas jamais colocado em prática. Resultado: os custos de manutenção ficaram integralmente com a Cacism – e, diante do vandalismo constante e da ausência de contrapartida pública, o parque foi fechado por tempo indeterminado.
A outra notícia trata da Estrada do Perau. Interditada desde as enchentes de maio do ano passado, a via continua abandonada. O trecho de pouco mais de 4 km é essencial para a ligação entre Santa Maria e Itaara. Técnicos estimam o custo da recuperação em R$ 15 milhões. Quase um ano depois do desastre, menos da metade dos recursos foi liberada. Não há data para o início das obras. Nem sequer para a licitação.
São dois exemplos de inércia. De abandono. De espaços públicos que somem da vida das pessoas, enquanto o poder público segue discutindo estudos, prazos, relatórios e verbas que não chegam.
Quando a população perde acesso a um parque ou a uma estrada, não é só uma questão de lazer ou mobilidade. É perda de qualidade de vida, é impacto econômico, é demonstração de prioridades equivocadas. A cidade precisa de gestão presente, com foco em resolver problemas e garantir serviços básicos funcionando. O mínimo.
Santa Maria já foi referência em organização urbana e protagonismo regional. Para voltar a ser, precisa parar de normalizar o abandono.
(*) Giuseppe Riesgo é secretário de Parcerias da Prefeitura de Porto Alegre e ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no site às quintas-feiras.
Resumo da opera II. Uma mão lava a outra. E ambas enchem os bolsos. De uma maneira ou de outra.
Resumo da opera. Agua na aldeia é cara por solidariedade. Inclusive com eventos ‘culturais’ na capital.
Apresentação? Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Patrocinios master: Icatu Seguros, Banrisul e….Corsan.
Final de maio ocorre o Festival Fronteiras 2025 em POA, Praça da Matriz. A chamada é ‘Governo do Estado do Rio Grande do Sul apresenta FF, o maior encontro de pensadores do Brasil’. Publico alvo são as patotinhas culturais da capital (vão transmitir via Youtube também) e a esquerda intelectualóide bunda mole. Palestrantes figuras carimbadas e membros da esquerda intelectualóide.
Dudu Milk privatizou a Corsan. Cuja diretoria administrativa fica em POA. Onde não fornece agua. Tá O.K.?
‘Santa Maria’ é gente demais. Os gatos pingados que utilizavam o Parque da Cacism e o Perau perderam. Alas, ambos com problemas de segurança. Alas, o Perau é só mais um domino jogo de marketagem do ‘turismo’.