Por José Mauro Batista (com acréscimos deste site) / Editor do Paralelo 29

Entidades e políticos condenaram as ameaças à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Conforme a Reitoria, vários setores receberam e-mails no domingo (5) com ameaças à comunidade universitária. A UFSM acionou a polícia e reforçou a segurança.
Em vídeo, o deputado federal Paulo Pimenta, que se formou na UFSM e presidiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE) na década de 80, conta que ligou para o reitor Luciano Schuch se colocando à disposição da instituição.
“A UFSM faz parte da minha história. Receber notícias de ameaças contra estudantes é inaceitável. Estou à disposição para oferecer todo o apoio necessário à nossa comunidade acadêmica!”, disse Pimenta.
A também deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL) se manifestou nas redes sociais, defendendo uma investigação com urgência e punição, bem como a segurança reforçada para estudantes, professores e servidores.
“É um absurdo completa e não pode ser tratado com normalidade”, diz a deputada, referindo-se a ameaças dirigidas a negros, comunidade LGBTQIA+ e feministas.
A vereadora Alice Carvalho (PSOL) também se manifestou em suas redes sociais. Vereadora mais votada em Santa Maria, Alice afirma que discursos de ódio reforçam esse tipo de ameça a minorias.
“As ameaças recebidas contra a comunidade acadêmica da UFSM através de e-mails institucionais da Universidade, direcionadas a negras e negras, indígenas, mulheres, LGBTs e militantes de esquerda, evidencia o quanto o pensamento da extrema-direita tem se disseminado na sociedade, estimulando ataques a grupos minorizados”.
Neabi e DCE: “ódio à diversidade”
O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da UFSM disse que a ameaça de um massacre na UFSM tem alvos claros, que são corpos negros, indígenas e LGBTQIAPN+.
“É a reação do ódio à nossa presença, uma presença que não foi dada, mas conquistada com luta. Querem nos silenciar porque nossa existência é a prova de que o projeto deles fracassou. Mas nosso pacto com a vida é mais antigo. A cada tentativa de nos apagar, responderemos com mais conhecimento, mais ocupação e mais futuro”, diz a nota.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM também criticou as ameaças e disse que, desde domingo (5), está em contato com a Reitoria para pedir providências tanto na investigação como no reforço à segurança no campus.
“Não abaixaremos a cabeça. Graças as lutas que travamos, a Universidade Federal de Santa Maria vem há décadas se pintando de povos. Esse é um dos maiores legados que nossa Universidade possui, e é isso que seguiremos defendendo. A quem acha que irá nos causar medo através de covardes ameaças ou tentativas de intimidação, não terá sucesso”, diz a nota da entidade.
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(*) Esse material foi publicado com a autorização do editor do Paralelo 29, dentro do acordo de parceria que une os dois sites.






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