Uma opinião. A MG perdeu mais um round (ou assalto, em português) na guerra contra Lula
É impressionante. Já disse e escrevi que Luiz Inácio Lula da Silva ganhou (aliás, deu uma sova de votos) de Geraldo Alckmin em 2006, apesar de toda a torcida da Mídia Grandona (e da que se acha). Como já havia ocorrido, em menor escala, quatro anos antes.
Pois a guerra continua, basta ler os principais colunistas da MG. E tudo é motivo para desqualificar o Presidente da República – inclusive sua linguagem. Mas há um problema. Parece tratar-se de confronto perdido, e a própria representação midiática se vê obrigada, quase a pedir desculpas, a noticiar que a quem interessa, a sociedade, Lula agrada. Que fazer, nesse caso, exceto chorar as pitangas e esperar o próximo round. Ou seria assalto?
Os parágrafos acima têm muito a ver com a opinião do (nem sempre) humilde editor deste sítio. Mas, mais que isso, retratam em síntese um artigo muito bem escrito pela escritora, jornalista e publicitária paulista Márcia Denser, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e colaboradora habitual do sítio especializado Congresso em Foco. Leia você mesmo, a seguir, o que ela escreve. Ah, a foto é de Roosewelt Pinheiro, da Agência Brasil:
A mídia que sifu
Faz tempo que não cito o Emir Sader, mas o texto dele para a Carta Maior do último dia 6/12 conseguiu exprimir de forma irretocável o day after dos bastidores da mídia oficial depois de mais um tiro pela culatra: a pesquisa Datafolha que acusou o índice de 70% de aprovação para o governo Lula. Dá-lhe, Emir:
Crise faz despencar popularidade de Lula – a manchete do Diário Oficial Tucano (DOT), a FSP (Força Serra Presidente), estava pronta. O editor-chefe encomendou nova pesquisa de opinião, menos de dois meses antes da anterior, para constatar os evidentes desgastes na imagem do presidente com a crise e, principalmente, com o clima de pânico e pessimismo que a mídia privada – e em especial, o DOT – tinham disseminado. Como toda pesquisa fabricada, não se pesquisava a popularidade de Lula, mas a eficácia da campanha de desgaste que a mídia oligárquica tinha desatado. Alardeia-se todo o tempo OMO LAVA MAIS BRANCO e se contrata pesquisa para conferir a efetividade da lavagem de cérebro.
Tudo pronto, convocados os zelosos funcionários tucanos da página dois, os chamados especialistas – disfarce tucano-fernandohenriquista – para comentar, tudo pronto para explorar a queda irreversível do apoio a Lula.
EM TEMPO: na nota imediatamente a seguir, publico artigo que trata da redução do número de leitores de jornais. E indago sobre uma perda, na mesma proporção, da influência dos nossos periódicos. Será, antecipo, esta posição absolutamente anti-fato, responsável, mesmo que parcial, por esta queda? Que tal refletir também sobre isso!
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo A mídia que sifu, de Márcia Denser, no sítio especializado Congresso em Foco.
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