Basicamente, penso, é o que pretende dizer o repórter especial da Folha de São Paulo, Kennedy Alencar, em artigo publicado no início da semana. Sim, a marolinha, contrariando todos os prognósticos dos midiatas do apocalipse, foi isso mesmo, uma marolinha – principalmente se os efeitos da crise ianque no Brasil forem comparados aos de outros países do mundo. Aliás, com a maioria deles.
E aí, como fica agora? Alguns discursos, inevitavelmente, terão que sofrer ajustes – para dizer o mínimo. Vale a pena ler o que escreve o Alencar, na seção “Pensata”, da versão online do jornalão paulista. Confira você mesmo:
“Marolinha, Serra e 2010
Aos olhos de hoje, é correto dar o braço a torcer, inclusive este jornalista, e dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou quando disse no ano passado que a crise econômica mundial chegaria ao Brasil como uma marolinha. Diante das expectativas da época de governos, empresas e veículos de comunicação do mundo todo, o que bateu no país foi mesmo uma marolinha.
Na virada de 2008 para 2009, parecia que o planeta iria quase acabar. E Lula foi duramente atacado por seu otimismo. Ele cumpria o fundamental papel de animador do auditório na hora da crise, mas também a subestimava um pouco.
Nesse sentido, o pessimismo da mídia teve papel importante para acordar Lula e o governo. O presidente vive reclamando da imprensa, mas os alertas que hoje soam exagerados fizeram o governo levantar da cadeira e arregaçar as mangas…
… Sucessão presidencial
As previsões do governador José Serra, potencial candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, não aconteceram. Na virada de 2008 para 2009, o tucano achava que a queda do PIB (Produto Interno Bruto) seria bem maior. Também previu um forte aumento do desemprego. Esse cenário, se confirmado, favoreceria seus planos para conquistar a Presidência.
Num país como o Brasil, que vem melhorando, mas ainda é bastante desigual, o bom desempenho da economia será um ativo político importante nas eleições de 2010. No mínimo, dificultará o que já anda difícil para a oposição: encontrar um discurso que…”
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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras análises de Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo, na seção “Pensata”, da versão onlilne do jornal.
Márcio, os textos do Mainardi são bem escritos. Acho até que ele deveria escrever um livro de ficção. A imaginação dele faria sucesso nesse gênero.
Pois acredito que não mudarão. Apenas mudarão de tema. É oque o Diego Mainardi faz, devo admitir que de forma bem apresentada, semanalmente na Veja. Pega um tema e esculhamba com o governo e com o Presidente e faz suas previsões. Mesmo passando um tempo e suas previsões não se realizando, já foi! Ninguém irá cobrá-lo, pois neste tempo ele ja levantou muitos outros temas e suas opiniões se dispersam no ar. O que vale é a “porrada”, me perdoem o termo, semanal no governo e no Presidente.
Mas sempre é bom lembrar o quanto é bom que podemos ter a opinião de colunistas como o Diogo Mainardi. Entre ler o Diogo Mainardi e a “escuridão”, fico com a leitura semanal, afinal de “escuridão” bastou os 30 anos de ditadura.