EDUCAÇÃO. São cerca de 20 os alunos que, desde ontem ocupam a Augusto Ruschi. No Cilon Rosa, 25
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e fotos), da Assessoria de Imprensa do CPERS
A Escola Augusto Ruschi foi ocupada pelos alunos da zona Oeste de Santa Maria na tarde de sábado. Os estudantes apoiam a greve dos educadores estaduais e também reivindicam melhorias no ambiente escolar e valorização na educação.
Segundo os alunos, a ocupação foi realizada sem o apoio da direção da escola, que não liberou a cozinha da instituição. Com isso, os estudantes estão com dificuldade para cozinhar. Eles necessitam com urgência de doações de alimentos, sobretudo carne, cebola, tomate, batata e cenoura; pratos, talheres e copos; e materiais de limpeza, como alvejante e sacos de lixo.
Na manhã deste domingo, os jovens planejaram ações que serão realizadas para manter a mobilização. Entre elas está o Projeto Escola Aberta com diversas oficinas a partir das 14h de hoje. Cerca de 20 estudantes ocupam a Escola Augusto Ruschi.
Na Escola Cilon Rosa, a primeira instituição ocupada em Santa Maria, a programação deste domingo prevê apresentação teatral e show de uma banda local durante a tarde. À noite, será realizada uma oficina sobre a importância da luta pelo transporte público.
Os cerca de 25 alunos que ocupam a Escola Cilon Rosa também necessitam de doações para manter a mobilização, como material de limpeza, alimentos em geral e tinta branca. Os jovens pintaram banheiros da instituição e pretendem continuar com o mutirão de limpeza. Também está previsto grafite para os muros da escola.
O CPERS/Sindicato tem acompanhado a mobilização dos alunos. A entidade defende o direito dos jovens protestar e se manifestar politicamente.
– O CPERS apoia a mobilização dos estudantes. Mas a iniciativa e a coordenação das ocupações são realizadas pelos próprios alunos – ressalta a diretora do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Sandra Regio.
A entidade possui uma Comissão de Apoio às Ocupações e Atividades Estudantis. Em caso de ameaças ou intimidações, os estudantes podem realizar denúncias ao CPERS/Sindicato através dos fones: (55) 8128-8694, com Alessandra; (55) 8405-9695,com Giane; (51) 9245-8531, com Guilherme; (55) 8104-6607, com Jeferson; (55) 9150-0868, com Laura; e (55) 8121-6539, com Roni.
Confira abaixo as ações públicas planejadas para o início desta semana nas escolas estaduais de Santa Maria e região:
Segunda-feira (23)
Na praça em frente ao Colégio Manoel Ribas (Maneco), às 13h, terá início a concentração para o Ato em Defesa da Educação Pública. Às 14h, começará uma caminhada que irá seguir em direção à Praça Saldanha Marinho. O ato é organizado pelo Comando de Greve do Maneco e da Escola João Belém.
No Colégio Estadual Tancredo Neves, às 14h, será realizada uma palestra com o tema Feminismo. A atividade é organizada pelo Grêmio Estudantil da instituição.
Às 17h, no Instituto Olavo Bilac, o Comando de Greve irá se reunir para avaliar o movimento.
O último ato do dia irá ocorrer na Escola Margarida Lopes, às 19h, onde está agendada uma plenária de discussão sobre os motivos da greve e da realidade da educação pública. Pais, estudantes, professores e comunidade local estão convidados a participar do evento.
Terça-feira (24)
Às 8h, em São Martinho da Serra, professos alunos e funcionários da Escola Leila Ribeiro irão realizar um encontro na instituição. O objetivo é definir estratégias de luta e fortalecer a causa.
Quarta-feira (25)
As escolas Margarida Lopes e Edna May Cardoso irão realizar o Ato em Defesa da Escola Pública, a partir das 9h30min. A caminhada irá partir de ambas as escolas em direção à rótula da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Às 13h30min, ocorrerá o Manifesto pela Educação, na Escola Coronel Pilar. O ato será marcado por uma caminhada (o trajeto ainda não está definido) e contará com a participação de alunos, pais e professores.
Greve por tempo indeterminado
A greve dos professores estaduais foi aprovada na Assembleia Geral do CPERS, realizada em 13 de maio, em Porto Alegre. A paralisação é a resposta dos educadores ao governo Sartori (PMDB) e sua cúpula, que massacram, dia após dia, os educadores e destroem a educação pública. A greve seguirá por tempo indeterminado.
Razões para a greve:
– Parcelamento e atraso dos salários;
– Parcelamento do 13º;
– Não pagamento do Piso (defasado em 69,44%);
– Corte e congelamento de investimentos;
– Falta de professores e funcionários de escola;
– Aumento da carga horária para 16 horas sem aumento de salário;
– Sucateamento das escolas;
– Aumento da violência nas escolas;
– Arrocho salarial;
– Enturmações;
– Fechamento de turmas e escolas;
– Mudança curricular com redução de carga horária de disciplinas importantes;
– LDO com reajuste zero até 2018.
Ameaças do Governo Sartori:
– Entrega das escolas públicas a organizações sociais;
– Ataques ao Plano de Carreira e ao IPE;
– Reenquadramento para acabar com o Difícil Acesso;
– PL 257: condiciona a renegociação da dívida com a União desde que os Estados arrochem salários.
Reivindicações dos educadores:
– Mesa de Negociação;
– Cumprimento da Lei do Piso com garantia de 1/3 de horas atividade;
– Reajuste emergencial de 13,01% (2015) e 11,36% (2016);
– Calendário de reposição dos 69,44%, no Piso;
– Fim do parcelamento e atrasos de salários;
– Merenda para todos os estudantes da rede pública;
– Fim do atraso das verbas de manutenção;
– Garantia do IPE público e solidário;
– Garantia do Difícil Acesso.
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