CPERS. Combate à sonegação no RS é tema de reunião
POR MAIQUEL ROSAURO
A diretoria do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato – Santa Maria recebeu na manhã de ontem (27) a visita do deputado estadual Juliano Rosso (PCdoB). O parlamentar lidera a Frente Parlamentar de Combate à Sonegação, à Pirataria e Contrabando. No encontro, Rosso detalhou o trabalho que vem realizando na Assembleia Legislativa.
Somente este ano, segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, o Brasil vai perder R$ 500 bilhões em sonegação. Esse mesmo estudo diz que 27,6% de toda a arrecadação de ICMS do Rio Grande do Sul é sonegada. Valor que baseado na receita de 2014 dos cofres gaúchos, equivale a R$ 7 bilhões.
Conforme o diretor de mobilização do 2º Núcleo do CPERS, Rafael Torres, uma das pautas de reivindicação do Sindicato é o combate mais efetivo à sonegação.
– A alegada falta de recurso pelo governo do Estado ocorre porque não é arrecadado todo o imposto devido – argumenta Torres.
Sonegômetro é baseado em chutes feitos por burocratas. Desde a participação da informalidade na formação do PIB até aplicação de aliquotas médias de tributação de forma linear, tudo é “estimado”.
Aí entra o lado cômico, um dos principais métodos é ver a diferença entre o que o governo arrecada e o que esperava arrecadar. Também usam amostragem, pegam uma amostra da população e o que acharem de sonegação extrapolam para toda a sociedade. Problema desta estatística é saber o tamanho da amostra, sonegação pode ser maior ou menor. Outros métodos são entrevistas, análise de orçamento familiar, estimativa de tamanho da economia informal.
Pergunta-se o que é necessário para diminuir a sonegação, quais as respostas? Campanhas de conscientização (dinheiro morto), melhores “condições de trabalho” (ou seja, salários mais altos) e mais pessoal (ou seja, menos trabalho para o pessoal que está lá).
E o CPERS? CPERS é PT. Qual o motivo da reunião? Grana, mais grana mais salário. Foram discutir tributação, que não é a praia deles, para criticar o governo (incompetente, não arrecada). E a “qualidade da educação”? Isto não precisa discutir, sai aumento amanhã, depois de amanhã acaba a greve. Sempre foi assim.