ELEIÇÕES. Democratas decide nesta terça qual será sua aposta para outubro. São duas opções em debate
No início da noite de hoje, reúne-se, na Câmara de Vereadores, o diretório municipal do Democratas. Diz-se que se encaminha nesta terça-feira a decisão acerca do futuro próximo da agremiação. Aliás, o que se acordar (no consenso ou maioria), será enviado, depois, à convenção oficial. Desenhando: o DEM decide o que fará na eleição de outubro.
Há duas posições em confronto.
Uma, aparentemente com o apoio da maior parte da Executiva, é a união com o chapão de centro-direita liderado por PSDB e PP, tendo como candidatos majoritários Jorge Pozzobom (prefeito) e Sérgio Cechin (vice). Nesse caso, os demistas se coligariam, no pleito proporcional, com o PP.
A outra tem como defensor principal, quase solitário, na Executiva, o vereador Manoel Badke. Que, diga-se, há muito tempo entende que o melhor caminho para o Democratas é apoiar o também edil Werner Rempel, do PPL, na sua pretensão de ser prefeito de Santa Maria. Aqui, a aliança seria também para a Câmara.
Há dois componentes, em princípio, a ser levados em conta na hora da decisão. Um é a questão ideológica. Aqui, leva vantagem a dupla PSDB/PP, afinal muito mais próximas do DEM que o PPL. Outro é o pragmatismo. O objetivo principal do DEM, eleitoralmente, é manter e até tentar ampliar sua bancada no Legislativo. Aí é que está o principal busilis: o pepelismo tem mais ou menos condições que o tucano-pepismo, nessa busca dos demistas?
Antes do final da noite, presume-se, se saberá a resposta. Que, como se vê, interessa fundamentalmente ao DEM, mas também a outros dois pólos. Aguardemos!
EM TEMPO. O DEM participa do governo, inclusive no Secretariado. A hipótese de apoiar a chapa governista é tão restrita, porém, que, exceto por pouquíssimos militantes, não é considerada como possível, no encontro desta terça.
Questão ideológica está em décimo primeiro plano para 95% da população. Votam pela cara do sujeito e pelas promessas. Se for feita uma prova escrita inopinadamente com os referidos políticos a respeito do programa dos respectivos partidos duvido que acertem a metade das questões.
Ideologia no Brasil é na base da cartilha, do “mandaram dizer” e no “senso comum”.