DO LEITOR. Há bem mais que preconceito nos ataques ao palhaço Tiririca. É? O quê?
Afinal, por que tanto se ataca o palhaço Tiririca, candidato a deputado federal por São Paulo? Só se fala nisso (há quem prefira esse tema à própria eleição presidencial ou, mesmo, às estaduais). Nos últimos dias, inclusive (e esse é meu depoimento pessoal), não um só em que não exista um ouvinte que deixe de lembrar o assunto no programa Sala de Debate, que ancoro às 10 pra 1 da tarde (depois da propaganda eleitoral, ele retorna ao meio dia), na rádio Antena 1 (www.antena1sm.com.br).
Pois bem, recebi correspondência do Leon de La Serna, habitual leitor deste (nem sempre humilde sítio). Ele tem uma tese. E faz sentido. Inclusive por isso, e com a autorização dele, reproduzo o texto, na íntegra. Ah, o título é deste editor. A seguir:
“E tem o tal de quociente eleitoral
“Caro amigo Claudemir
Estava fazendo uma análise dos motivos reais para que ataquem tanto a candidatura do Tiririca. Então vi que não tem graça nenhuma.
Sei o quanto é complicado fazer a defesa ou o ataque, sem conhecer uma pessoa. Pois, não vou me atrever, ainda mais no caso de uma pessoa que trabalha com a arte da representação. O que escrevo refere-se ao “efeitoTiririca”, que colocou promotores, partidos de oposição à candidatura de Dilma, e todos que defendem a “seriedade”, a “responsabilidade”, a “ordem” e o “progresso”, em pânico.
Mas qual é esse efeito? Simplesmente, refere-se o coeficiente (quociente) eleitoral para eleger um deputado federal.
“O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador.
“Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior” (Código Eleitoral, art. 106).
“Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias” (Lei nº 9.504/97, art. 5º).” (TSE, 2010)
Para melhor entendermos o funcionamento do sistema eleitoral proporcional, imaginemos que existam 1.200.000 eleitores. No dia da eleição, do total de eleitores comparecem às urnas 1.000.000 de pessoas, sendo que destas duzentas mil votam branco ou anulam o voto, totalizando-se, assim, 800.000 votos válidos (imputados a algum candidato ou coligação). Imaginemos ainda que estejam em disputa 40 vagas, concorrendo para as mesmas candidatos de vários partidos políticos. Qual será o primeiro passo para determinar os eleitos? A resposta para este questionamento é o cálculo do chamado “coeficiente ou quociente eleitoral”, vislumbrado a partir da divisão do número de votos válidos (800.000, no presente exemplo) pelo número de vagas em disputa (40 vagas). Assim, o coeficiente eleitoral será de 20.000 votos.
Calculado o coeficiente eleitoral, o segundo passo para a definição dos eleitos é o cálculo do chamado quociente partidário. Para isso, é necessário que o número de votos sufragados para cada partido ou coligação (somados os votos de todos os seus candidatos e os votos de legenda) sejam divididos pelo coeficiente eleitoral, estabelecendo o número de vagas em disputa a que cada partido fará jus. No exemplo citado, um partido ou coligação que obtivesse a soma de 100.000 votos teria garantido o direito a cinco das vagas em disputa (quociente partidário igual a cinco).
Como pode ver, caso se concretize o que está sendo ventilado (Tiririca fará mais de 1.000.000 de votos), e pelo que se tem de informação, o Coeficiente previsto para o Estado de São Paulo é 300.000 votos para eleger 1 (um) Deputado Federal. Somente Tiririca elegeria mais 2 ou 3 candidatos da coligação para Deputado Federal, sem contar com os votos dos próprios candidatos. Isso explica a tamanha mobilização.
Tiririca está auxiliando para que reduza-se o poder de influência da burguesia no Congresso Nacional. Só por isso já tem meu respeito.
Leon de La Serna”
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Caros
Quando escrevi esse texto, não imaginava que iria mexer tanto com as pessoas, mas fico feliz que existam pessoa com coragem para colocar sua opinião e deixar claro de que lado estão. Pois como devem saber, Hugo Chaves, Evo Morales, tiveram a coragem de levar uma proposta política que incluía a maioria do seu povo, no entanto a mídia que estava na mão de poucos, bem poucos diga-se de passagem (muito parecido com um país que conhecemos bem), colocaram-nos como ditadores. Mas não seria ditadura, excluir pessoas dos espaços decisórios, ou apresentar apenas uma versão dos fatos? Ou ainda usar de todo “ódio midiático” para reprimir um projeto socialista (apesar de vários equívocos)?
Posso também, humildemente dizer que acho um equívoco apresentar uma candidatura descolada de um projeto maior, mas essa é a política ou politicagem que a sociedade brasileira criou. Inclui eu e você que lê essas maus traçadas linhas. No caso diferentemente: “os meios justificam os fins”, como diria o ilustre Maquiavel.
Pois bem, caso queiram saber eu tenho lado, e pelo jeito não é o mesmo de vocês, ou se são, precisamos dialogar mais.
Abraços Socialistas
Com todo o respeito a livre opinão, mas plagiaria o Rei da Espanha quando disse ao Chaves: – “Porque no te callas”. risos
As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução
Ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Pra rua, pra rua
bY CAZUZA
TIRIRICA 2222
Burguesia?! Meu caro Leon vc já viu quem são as pessoas ventiladas para entrarem nas supostas vagas abertas com a suposta votação do palhaço Tiririca?? Poderia até colocar a mão na conciência e pensar se a sociedade não estaria pegando pesando demais com o Tiririca, mas ao perceber o quem vem por sob sua candidatura. Convenhamos, seu texto poderia terminar com uma outra conclusão e seria magnifico. Gostaria de saber qual a burguesia que vc fala, será que é a que está no poder? Acredito que esse texto serviria mais na Venezuela e se o Palhaço concorresse pelos partido de oposição, aí sim caíria como uma luva.
Abraço