DO FEICEBUQUI. O Haiti é logo ali, mas os ianques… A declaração de voto e aquele “futuro que não chega”
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – entre eles os dos amigos Bibiano Girard e Athos Miralha. Confira:
O JORNALISMO…
…e a “hierarquia” estabelecida pela mídia, muito bem posta pelo colega Bibiano Da Silva Girard, de uma forma sintética:
“Se 842 pessoas tivessem morrido num furacão nos EUA, os canais brasileiros fariam seus jornais ao vivo de lá.
Mas foi “só” no Haiti.”
NÃO É TÃÃÃO…
…difícil assim, definir como se vota no domingo. Basta ter critério. O Athos Ronaldo Miralha da Cunha tem o seu, além do bom humor no final:
“Para definir o voto no segundo turno eu não me vejo numa encruzilhada. Ou escolhendo o candidato num unidunitê. Numa moedinha arremessada.
Nós já sabemos o que cada um pensa sobre o mundo. E quais as propostas que constam no seu programa. Nós conhecemos as trajetórias, na política e na vida, dos aspirantes à prefeitura.
Na escolha do voto nós temos que ter em mente é a nossa trajetória de vida, nossa trajetória política. A nossa visão de mundo. Então, diante da urna, nós não podemos trair a nossa história. Pretendo ser coerente com o meu passado. Eu não trairei a minha trajetória de vida… eu não trairei como o mundo deve ser e pelo qual mundo eu desejo. O mundo que eu sonho. Utopia? Sei lá. Pode ser. Talvez eu seja o último utópico.
Mas o melhor de tudo, após as eleições, é que eu não lerei mais a palavra “prefeiturável” nos jornais.”
DE QUANDO…
…em vez até esqueço que escrevi (e, melhor, publiquei) dois livros.
De curioso, estava relendo um deles, o primeiro: “Santa Maria, e esse futuro que não chega”.
O ano da publicação? 2003.
E aí, o futuro chegou?
EM TEMPO: não adianta pedir nem querer comprar; a edição (do tamanho possível para a comuna) está esgotada.
De fato meus neurônios estão escasseando. Felizmente é efeito do alcool.
@!brando
“Só dando risada.
Muita enrolação para dizer que vai votar no Valdeci (tem muita “trajetória” e utopia no texto”)”
Ligar, o tempo, e o sacrifício de um povo, ao Valdeci……obrando conseguiu destruir os poucos neuronios, que restavam..
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Só dando risada. Todas as emissoras do mundo têm estrutura montada e pronta nos dois lados do país ianque, leste e oeste. No Haiti, em condições normais, já é difícil de chegar. Ainda mais com um furacão.
Muita enrolação para dizer que vai votar no Valdeci (tem muita “trajetória” e utopia no texto”).
Cometeu dois livros. Edições esgotadas? Que azaaaaarrrr! O que a humanidade perdeu, a obra do Stefan Zweig do parque Itaimbé.
Alguém disse que os velhos morrem para que o mundo possa ir adiante. Um dia chego lá.
Não tem como ignorar o quase desprezo que a mídia reserva a essa tragédia no Haiti. Qualquer desgraça em proporções infinitamente menores, se acontecessem na França, Estados Unidos, na Europa … Deve ser recalque meu comentar isso, mas salta aos olhos e fere a alma. Eta mundinho desigual!
Quem das grandes empresas jornalísticas brasileiras tem estrutura pronta/implantada e operacional no Haiti para transmitir todos os dias assuntos de interesse do Brasil? Nenhuma. E mesmo se tivesse, será que conseguiria fazer uma boa reportagem depois da passagem do furacão, que quase certamente prejudicou a rede de telecomunicações com grande impacto? E mesmo que jornalistas saíssem daqui agora, conseguiriam aportar lá em 48 horas e conseguiriam transmitir alguma coisa com grandes estragos na infraestrutura? O senhor Bibiano e o senhor Athos não se tocam de algo tão óbvio? Ou é a costumeira demagogia ideológica?