ELEIÇÕES. Mais uma pesquisa é registrada no site do TSE. É do instituto gaúcho Studio. Confira os detalhes
Terá virado epidemia? Virá alguma outra por aí, até o final da semana? O editor não sabe. No entanto, mais uma pesquisa, registrada no final da noite de sexta-feira, após o infomado pelo Veritá, que você conferiu AQUI na madrugada passada, faz pensar que a coisa pode ficar bem movimentada nos próximos dias.
Da mesma forma que o instituto mineiro, a Studio Pesquisas, que também registrou seu levantamento, informa (veja a imagem acima) que está bancando o próprio trabalho. E que o divulgará no dia 27, a próxima quinta-feira. Não se sabe (pelo menos o editor desconhece) ter havido a contratação de algum levantamento eleitoral por veículo de comunicação. Então…
De todo modo, diferente do Veritá, o Studio é conhecido no meio, em Santa Maria. Aqui já faz pesquisas desde 1996, com, diga-se, excelente índice de acerto, então contratado pelo jornal A Razão. Em 2016, segundo seu site (confira o linque lá embaixo), que as disponibiliza, fez pesquisas eleitorais em cidades da Grande Porto Alegre e do Vale dos Sinos. Imagina o escriba que será na sua página da internet que divulgará a pesquisa de agora.
Serão 600 entrevistas entre os dias 26 e 27 (diferente da Veritá, que começou o levantamento neste sábado, com 800 eleitores distribuídos por seis dias), com margem de erro estimada em 4% para mais ou para menos. O custo do levantamento é de R$ 15 mil, bancado pela própria empresa, conforme o registro no TSE, e tem Simone Soares Echeveste como estatística responsável.
Entre as perguntas do questionário (disponível no site do TSE) está a que pretende saber como votaram os eleitores dos candidatos derrotados no primeiro turno e, como também é feito pelo Veritá, se o eleitor pensa em se ausentar (tentanto antecipar, claro, o índice de abstenção).
Mas as questões que contam, mesmo, são as que apuram em quem o eleitor irá votar (pesquisa espontânea e induzida), se a sua posição é definitiva ou não(apurando o voto consolidado) e quem, não obstante o próprio voto, vai vencer (que apura a expectativa de vitória). Essas questões você confere na imagem abaixo, direto do questionário registrado no TSE.
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Mas tem gente indecisa que na “hora agá” vota no que “está na frente”. E o que está na frente, com margem de erro, nem sempre é o que está na frente. Mas fica na frente por indução causada pela pesquisa.
As pesquisas só deveriam ser permitidas aos próprios partidos, para uso interno na avaliação de desempenho e mudança de rota de marketing. O partido paga, e pronto. E ai do partido que divulgar ou deixar vazar.
Pesquisas não deveriam ser divulgadas nesse país de “maria-vai-com-as-outras” ou de visão de voto útil. Isso é ruim para a democracia. Muitos farão o papel de marionetes induzidos a votar nesse ou naquele candidato pelo que as pesquisas “dizem”.
Com esta margem de erro corre-se o risco de aparecer um resultado com ganhador errado, mesmo com a pesquisa estatisticamente correta.
Alterar o resultado acho pouco provável, já é segundo turno. Não vai acontecer um “Ana Amélia está caindo, logo não conseguirá ganhar do Tarso, o intelectual, negócio é votar no Gringo”. Alás, o mesmo que aconteceu com a Yeda e com o Rigotto, se não me engano.
QUEM?
Serão duas pesquisas, com boa chance de saírem resultados discordantes mesmo com a “margem de erro”.
E o resultado da eleição, influenciado pelas duas pesquisas, pode ser um terceiro.
E se isso acontecer, como já aconteceu inúmeras vezes no Brasil, as empresas vão dizer que os números saíram de pesquisas feitas não no dia da votação, que existe uma “dinâmica”, que as pessoas mudaram os votos, etc…
Afinal, o que ganhamos com essas pesquisas?