CIDADE. Municípios gaúchos perdem R$ 335 milhões de recursos federais. Só para SM, são R$ 3,4 milhões
O “Fundo de Participação dos Municípios” é uma das mais importantes fontes de receita das prefeituras. Aliás, para algumas, sobretudo as menores, é a “salvação da lavoura”. Mesmo nas maiores, porém, é um valor significativo. Se trata de uma composição de vários índiceindicesvendo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Renda.
Mas, ao que interessa: a previsão, para Santa Maria, segundo estudo feito pela Federação das Associações de Municípios (Famurs), foi quebrada em 6,6%. Não é pouca coisa. Pelo contrário. A cidade perdeu cerca de 3,4 milhões (AQUI você tem os números de todos os municípios).
Mas, e por que isso aconteceu? A resposta a esta e outras questões está em interessante material produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Famurs, e que vale conferir, a seguir:
“Prefeituras gaúchas encerrarão 2016 com perdas de R$ 335 milhões no FPM…
…A estagnação da economia brasileira tem afetado diretamente as finanças das prefeituras gaúchas. De acordo com um estudo da Famurs, os municípios do Rio Grande do Sul deixarão de arrecadar R$ 335 milhões até o final de 2016. Esta defasagem é provocada pela queda na arrecadação federal, que afetou os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “É a prova cabal das dificuldades vivenciadas pelos prefeitos. As receitas não se confirmam, mas as despesas não deixam de existir. Esperamos que os órgãos de fiscalização sejam compreensivos. Não há mágica”, defende o presidente da Famurs, Luciano Pinto.
Conforme projeção do governo federal, apresentada no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2016, era previsto um crescimento de 7,9% nas receitas do FPM em relação ao ano passado. É com base nesse cálculo, elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional, que as prefeituras projetam seus orçamentos. Dessa forma, os municípios gaúchos seriam contemplados com um repasse de R$ 5,117 bilhões em 2016. No entanto, as prefeituras receberão apenas R$ 4,782 bilhões da União. Uma defasagem de R$ 335 milhões. “O desempenho da economia tem prejudicado a arrecadação de impostos e isso se reflete nos repasses para os municípios”, analisa a assessora técnica da Área de Receitas Municipais da Famurs, Cinara Ritter, responsável pelo estudo.
Prejuízos nos municípios
O município que teve a maior perda na arrecadação é Porto Alegre, que deixará de receber aproximadamente R$ 13 milhões referente ao FPM.Com esta verba, a prefeitura poderia ter construído 11 escolas de educação infantil. Para uma cidade de médio porte, como Santiago, que possui 50 mil habitantes, o prejuízo será de R$ 1,3 milhão. O recurso seria suficiente para adquirir 10 ônibus escolares novos. A queda na projeção do FPM também afeta pequenos municípios. Em André da Rocha, localidade de 1,2 mil habitantes, serão R$ 393 mil a menos nas receitas das prefeituras….”
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Para quem lê a notícia para que está tudo explicado. Só tem um problema, o que ficou de fora.
Governo federal aumentou a arrecadação através de contribuições (CIDE, Cofins, CSLL, etc). Não entram nos fundos de participações. Isto entra na conta de Efeagá. Há quem diga que defendo o ex-presidente, não é o caso. Prefiro “bater” onde não existe defesa, são fatos.
Governo federal conceceu um horror de renúncias fiscais. Muito IPI deixou de ser arrecadado. Desta vez, a conta é de Dilma, a humilde e capaz. Logo estados e municípios não apanham só de hoje. Ignorância e doença não têm contingenciamento.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/195816/Custo-das-desonera%C3%A7%C3%B5es-fiscais-soma-R$-458-bi.htm