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KISS. Familiares das vítimas vão pedir suspeição de Promotores que atuam no processo criminal principal

Por LUIZ ROESE, com foto de Reprodução, Especial para o Site

Em entrevista coletiva (foto acima) na manhã desta sexta-feira (20), na sede da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), membros da diretoria da AVTSM se manifestaram firmemente contra o pedido de absolvição de pais processados por “falta de provas”, depois da tentativa de intimidação dos familiares por meio de ações judiciais.

A AVTSM também pretende, depois de conversar com outros assistentes de acusação, pedir a suspeição dos promotores que atuam no processo criminal contra os sócios da Boate Kiss e contra integrantes da Banda Gurizada Fandangueira, pois são os mesmos que processaram pais de vítimas.

“Nós só queremos que os promotores cumpram a obrigação deles. Eles têm que aprender a receber críticas. Nós falamos sobre a imoralidade do processo, não ofendemos a mãe ou o filho de alguém”, disse o presidente da AVTSM, Sérgio da Silva. “Recebi com uma ironia muito grande e uma arrogância maior ainda o pedido de absolvição por parte do procurador-geral quando ele falou que não havia nada de irregular (na manifestação dos pais) e eles decidiram nos perdoar”, comentou o vice-presidente da AVTSM, Flávio José da Silva.

Foi informado também que o pai processado Flávio José da Silva pretende recorrer a Brasília contra decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS) de não acolher o incidente processual da “exceção da verdade”, quando ele tentava provar que não caluniou o promotor Ricardo Lozza ao dizer que o Ministério Público sabia das irregularidades na casa noturna.

“Foi uma manobra esperta. Foi estranho. A artimanha foi bem feita, porque restaria claro e nítido que os promotores sabiam das irregularidades. Vamos recorrer aonde tiver que ser. Nós vamos em busca da verdade”, disse Pedro Barcellos Jr, advogado de Flávio e de Paulo Carvalho, outro pais processado.

Patrícia Michelon, advogada de Marta Beuren, mãe processada por um advogado particular, disse que aguarda a sentença no processo dela. “Se houver um pedido de absolvição, é uma decisão exclusiva dos autores do processo contra a Marta, não cabe ao Ministério Público”, comentou Patrícia.

Antes da entrevista coeltiva, foi divulgada uma nota oficial da AVTSM sobre os últimos acontecimentos. Ela pode ser acessada AQUI, na ÍNTEGRA

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Um Comentário

  1. Recapitulando. Alguns pais atingidos pela tragédia fizeram algumas afirmações. Promotores atingidos, exercendo direito que lhes é conferido, acionaram os mesmos por calúnia e difamação. Os reús fizeram uso da “exceção da verdade”, ou seja, se provassem que as afirmações eram verdadeiras não haveria nem calúnia e nem difamação. Não conseguiram provar, perderam no Tribunal de Justiça por 2 a 20. Promotores já têm declaração do judiciário afirmando que não fizeram nada de errado (avaliação é legal e formal, não moral). Alguém no MP teve a brilhante idéia de “bancar o bonzinho” e esqueceu de “combinar com os russos”, deu no que se vê.

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