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SAÚDE. Autoridades formam comitê por abertura do Hospital Regional. Repercute a ausência da Prefeitura

Várias autoridades da cidade e da região compareceram no evento na Câmara. A Prefeitura de Santa Maria não enviou representação

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site

Três prefeitos da região, um deputado estadual, um reitor e 30 representantes de entidades marcaram presença na criação do Comitê Pró-Abertura do Hospital Regional 100% SUS, no fim da tarde dessa segunda-feira (3), na Câmara de Vereadores. O ato tinha por objetivo criar um grupo suprapartidário para buscar soluções para a abertura do empreendimento. A Prefeitura de Santa Maria ausentou-se da iniciativa.

A atividade foi promovida pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), que iniciou o ato fazendo um resgate de toda a trajetória da construção do hospital até as mais recentes promessas de abertura.

“Por que o grupo Sírio-Libanês, contratado ainda em 2016, não apresentou o plano de gestão do regional, mesmo tendo recebido a bagatela de R$ 5,9 milhões?”, questionou o petista.

Na sequência, o presidente da AM-Centro e prefeito de São Sepé, Leocarlos Girardelo (PP); o presidente do Consórcio Intermunicipal Centro (CI Centro) e prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno (PMDB); e o prefeito de São Francisco de Assis, Rubemar Paulinho Salbego (PDT), destacaram os elevados gastos que enfrentam na área da saúde em virtude do transporte de passageiros para outros municípios.

O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, garantiu que a negociação com a EBSERH para assumir o hospital pode ser retomada. Ele também comentou que há um sentimento de frustração ao ver o pronto-socorro do HUSM superlotado ao mesmo tempo em que o Regional segue fechado.

“Essa é uma questão crítica. O HUSM é quase um campo de guerra”, afirmou o reitor.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul, Estevão Finger, projeta que o empreendimento deva abrir mil novas vagas de emprego, incluindo cerca de 130 cargos para enfermeiros e, em torno de, 250 oportunidades para técnicos de enfermagem. Também foi de Finger as críticas mais ásperas à ausência do prefeito e secretário de Saúde de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB).

“Me parece que o prefeito Pozzobom não tem compreensão política da importância da abertura deste hospital. Quero repudiar aqui, em nome do Sindicato, a ausência da Prefeitura nesta noite. Também é importante dizer que o Sartori precisa sair da inércia e investir em saúde”, criticou Singer.

O Comitê foi formado por AM-Centro, CI Centro, UFSM, HUSM, Câmara de Vereadores Santa Maria, Assembleia Legislativa, entre outras entidades. O primeiro passo da iniciativa será realizar uma reunião com o prefeito Pozzobom e, no mesmo dia, visitar o Hospital Regional. Logo após, será agendada uma reunião com o governador José Ivo Sartori (PMDB).

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3 Comentários

  1. Paulo Burmann está falando sobre assuntos que não passam pela mão dele. Ebserh não é subordinada a reitoria, até o orçamento é separado da UFSM (187 milhões para o HUSM, 1,1 bilhão para a UFSM em 2017; só no papel, existe contingenciamento). HUSM não é o único hospital universitário com problemas e nem de longe é o que está em pior estado. Qualquer negociação com a Ebserh teria que ser em Brasília, não no final da Avenida Roraima. Ou seja, conseguir mais de 100 milhões por esta via (equipamentos e pessoal) é praticamente impossível. Sem falar na controvérsia da finalidade do Hospital Regional: fazer atendimento E pesquisa E extensão, caso virasse um puxadinho do HUSM.

  2. Prefeitos reclamam da ambulancioterapia, dos gastos. Não deve sobrar grana para contratar mais aspones. Outro dia numa reportagem mostraram uma senhora de São Sepé. Tem que pegar uma van e consultar em POA. Sai de madrugada e volta de madrugada. Isto sim é problema. Detalhe: numa van cabem muitas pessoas.

  3. Os 5,9 milhões deve ter saído por conta da filantropia, logo não são recursos recebidos pelo Sírio Libanes, é renúncia de arrecadação do Estado. Alás, o nome completo da instituição é Sociedade Beneficiente de Senhoras Sírio Libanes. É o lugar onde Lula e Dilma costumam consultar ao invés do SUS que Obama deveria copiar.

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