Educação

INDIGNAÇÃO. “Estamos dispostos a ir às últimas consequências”, afirma diretor do 2º Núcleo do CPERS

Reunião entre CPERS e governo do Estado foi realizada na Seduc, em Porto Alegre. Foto Seduc / Divulgação

Por Maiquel Rosauro

Terminou em impasse a reunião realizada na tarde de quinta (14), na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entre CPERS/Sindicato e governo do Estado. Ambos os lados até tentaram se entender, porém duas situações ficaram bem claras: tanto o parcelamento de salários quanto a greve vão continuar.

O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Branco, participou da reunião e lamentou a crise financeira sem precedentes no Estado. Ele disse que o governo seguirá “mantendo todos os esforços possíveis” para honrar seus compromissos.

“Mas não podemos nos enganar e pensar que no mês que vem estará tudo resolvido. Estamos buscando soluções e permanecemos abertos a alternativas”, disse Branco.

Do lado de fora da Seduc, centenas de educadores faziam uma vigília. Foto Carol Ferraz / CPERS

Por sua vez, a presidente do CPERS, Helenir Schürer, destacou que a situação financeira e psicológica da categoria piora a cada novo parcelamento. Na folha de agosto, a primeira parcela foi de R$ 350,00.

“Não podemos mais viver assim. Nem falamos mais em salário para viver e sim para sobreviver. O governo tem a obrigação de encontrar uma solução, uma saída”, desabafou Helenir.

Em Santa Maria, devido à chuva, foi suspenso o ato unificado que ocorreria na tarde de quinta, na Praça Saldanha Marinho. Nesta sexta (15), está mantido o protesto na 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), às 14h.

O presidente do 2º Núcleo do CPERS, Rafael Torres, promete que a categoria seguirá unida e mobilizada contra o parcelamento de salário.

“Estamos dispostos a ir às últimas consequências”, avalia Torres.

A concentração dos educadores terá início às 13h30min, o Largo da Locomotiva, na Avenida Presidente Vargas. A greve teve início em 5 de setembro e não tem data para ser finalizada.

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10 Comentários

  1. Fazem isso achando que o gringo será emparedado pela sociedade, quando na verdade não é o gringo que sairá mal na foto, não é o gringo que vai decidir pela perda do ano letivo, é o sindicato.

    Quem realmente dos professores quer isso? Quem realmente dos professores concorda com isso?

    Tenho certeza que a maioria tem consciência de quem é realmente o complicador dessa história (a Assembleia) e que o CPERS se prova todo dia ineficaz para qualquer mudança ou decisão racional sobre o caso. Quando tem política e ideologia no meio, é isso que acontece. Professores, tomem ações pessoais e de grupo, autônomas, mexam-se. Aposto que a maioria tem consciência e sabe onde está o real problema e pode agir com lógica e bom senso.

  2. Fiquei o dia inteiro pensando nesse absurdo.

    É inominável usarem os alunos como se fossem “reféns” de uma negociação, com a pessoa jurídica errada do outro lado da mesa.

    É deprimente usarem a perda de ano letivo para forçar algo que depende da Assembleia, prejudicando os alunos que não têm nada a ver com isso. Repito, os alunos não têm nada a ver com isso.

  3. Professores, façam como um filho que tem a cabeça no lugar, que não só aprovaria como apoiaria toda mudança nas ações do pai para cortar despesas, os passivos, vender ativos que não ajudam em nada a melhorar o caixa, para que as contas do pai fiquem em dia para poder receber a mesada (no caso, o salário) em dia.

    Nesse caso, o problema é a Assembleia, não o gringo. Isso é evidente. Quem não tem vínculo com a ideologia SABE disso. Qualquer criança de 10 anos sabe disso. Então, professores, façam o que o CPERS não quer fazer, pressionem a Assembleia. Antes que a coisa piore e esse estado vire um Rio de Janeiro. Mexam-se.

    1. Falou de novo o que penso, a pressão tem que ser em cima dos deputados, que não aprovaram o projeto do governo de enviar o duo décimo da assembleia conforme o estado arrecada…mas não, nos deles não pode mexer. E esse CPERS é afiliado a sindicato esquerdista! Se desligaram da CUT, mas continuam ligados a outro sindicado.

  4. Então conclamo diretamente os professores que têm consciência do que realmente se tem de fazer (acerto das contas públicas) que façam suas manifestações por conta, vão até Porto Alegre, em grupo, usem as redes sociais para isso, reúnam-se, desapaguem-se do CPERS, que há mais de 30 anos têm sido político, por isso absolutamente ineficaz para toda reivindicação de vocês, e pressionem a Assembleia. Pressionar a Assembleia para aprovar o acerto de medidas para as contas saírem do vermelho não é apoiar o gringo, é apoiar a racionalidade. O bom senso. Fazer o certo. Para receber o salário em dia. Fora dessa realidade é surreal.

    1. Concordo Jorge, o CPERS há muito tempo não representa os servidores da educação! Antro de esquerdá-lhas! sou servidora da educação, mas não compactuo com esse sindicato dos infernos!

  5. Se os professores dizem não podem viver assim, e ninguém realmente pode, ao menos não mudem o mundo do avesso. Não compliquem. Os alunos não têm nada a ver com o isso. Fazer o ano letivo ser perdido não vai melhorar as contas e não vai fazer o governo ser implodido pela sociedade, vai fazer os professores perderem respeito pela sociedade.

    Façam o que têm de fazer, pressão para a Assembleia ajudar o gringo a acertar as contas. Não compliquem com ideologia. Senão a coisa vai piorar. Mas falar essas coisas com os teimosos do CPERS não adianta.

  6. E em paralelo há um governo incompetente na medida que não consegue mostrar essa realidade. Que não consegue mostrar que o problema não é ele que tenta acertar as contas há meses e meses, mas dos dinossauros da Assembleia que insistem em não aprovar as mudanças, dinossauros que o CPERS apoia para que não votem as mudanças, mudanças que acertariam as contas o suficiente, num primeiro momento, para pagar os salários em dia. Vejam se não é um mundo do avesso.

  7. Todo pai endividado sabe que tem de acertar as suas contas negativas para o filho continuar recebendo mesada.

    Como se comporta o CPERS? Como o filho que exige continuar recebendo a mesada, em dia, mas é contra “ideologicamente” o banco acertar as contas do pai. Uma coisa inverossímil. É como ser contra que o terceiro (a Assembleia) decida (vote) favoravelmente as reformas do governo (o pai) acerte as contas. Mas insiste e faz até greve de fome para receber a mesada (o salário) em dia. Coisa de mundo do avesso. Isso é ideologia.

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