SALA DE DEBATE: Trio de assuntos toma conta: a possível CPI, Corsan e ações da oposição a Pozzobom
Que se diga: com interessante participação direta dos ouvintes, foi a política santa-mariense a “dona” do Sala de Debate desta quarta-feira, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1. Mas, e sobre o que discutiram, mesmo, o convidado do dia, Alfran Caputi, este editor e o mediador do programa, Roberto Bisogno?
Para começar, a proposta de CPI já formalizada na Câmara de Vereadores. E que pode impactar diretamente no prefeito Jorge Pozzobom – o que lea ao segundo tema debatido, o comportamento da atual oposição, inclusive comparado ao que tinha o próprio então edil tucano, com outros companheiros da sua época, na Câmara.
E, por fim, claro, não poderia ficar de fora das discussões a proposta acordada entre prefeitura e Corsan, para a renovação do contrato de concessão do município com a Corsan.
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Noel Guarany gravou um disco com as poesias de Aureliano de Figueiredo Pinto musicadas. Não falta crítica social (Noel chegou a ser “cult” numa determinada época), também cita Martin Fierro. Luiz Marenco andou regravando alguma coisa. De qualquer maneira a obra do poeta é muito boa.
“Por meio tantã da idéia/ao tranco do pingo bueno,/pito um crioulo no escuro./Linda noite… penso… penso…/O orvalho do céu imenso
aroma do campo maduro.”
“Não sei por que nesta noite/o sono velho cebruno/ergueu a clina e se foi!/E eu que arrelie ou me zangue./Tenho olhos de ave da noite,
ouvidos de quero-quero/cordas de viola nos nervos/e uma secura no sangue./Então, da marquesa salto/e vou direto ao galpão:/bato tição com tição/e a lavarede clareia/os caibros do galpão alto.”
Detalhe que a fiscalização (palavra da moda) das economias que não estão ligadas na rede de esgoto mesmo sendo a mesma disponível não é mencionada. Gente que larga o esgoto em sangas ou na rede pluvial.
Tenho dúvidas se vai ser possível ler o contrato por um motivo bem simples: lei 6149/2017. “Art. 2º Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar Contrato de Programa com a Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, nos termos da Lei […] delegando a prestação de serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, compreendendo a execução de obras de infraestrutura e atividades afins”. Contrato não deve voltar ao Casarão da Vale Machado. Na mesma lei é firmado convênio com a Agergs delegando a fiscalização. Ou seja, deram um cheque em branco para a prefeitura.
Enquadramento que a polícia faz geralmente é seguido pelo MP, mas não existe nenhuma vinculação. Existe crime de racha no CBT, inclusive qualificado com morte e com lesão corporal. Ou seja, vai a BSB o assunto.
Também citam estatísticas por aí da efetividade da polícia. Há que se verificar, porque inquérito com autoria indicada é uma coisa, inquérito que resulta em condenação é outra bem diferente.
Pozzobom é advogado, que se defenda. Se não formalizaram as parcerias que se tome as providências necessárias. Se o Casarão da Vale Machado acha que com a CPI vai encher o noticiário e sair falando que “está trabalhando”, engana-se redondamente.
Antigamente não interessa, já passou. Os tempos são outros. Política tem que ter o mínimo de resultado prático, caso contrário a população vai desconfiar que é muito dinheiro para “simbolizar” a democracia. Consequências imprevisíveis.
CPI vai sair porque não “rolou” uma secretaria da saúde para uns, subprefeitura para outros e cabides para aspones. Não comprar a base corretamente virou “inabilidade”. Petistas querem voltar à prefeitura (provável candidato é o irmão do Valdeci), vão fazer de tudo para atrapalhar o governo. Quem sai prejudicado nestas “rusguinhas” políticas?