Superstições – por Pylla Kroth

Tenho um amigo que é cheio de superstições. Curioso como sou, comecei a analisar as ditas, tamanha quantidade e de como ele leva a sério as tais. O fato é que ele fica confortável cumprindo uma a uma. Algumas ele chama de “simpatias”, e quem não conhece ao menos uma velha e boa simpatia que atire a primeira pedra. E sempre aparece alguém querendo vender das mesmas a ilusão pra quem delas necessita.

Dias atrás, ao nos encontramos, eu e este meu amigo supersticioso, caminhamos uma quadra e apareceu uma ciganinha querendo ler nossa sorte por apenas 10 reais. Parei e ele me puxou pelo braço me chamando de louco. “Essas danadas dão azar amigo, não olhe pra traz que ela vai rogar uma praga pra nós, acredite mais em ti e nas coisas que acontecem contigo, aí sim tu vai poder desviar do azar e conseguir resultados!”.

Quem não conhece a famosa sexta-feira 13? Existem lugares no planeta que não tem o décimo terceiro andar. Tem gente que passa longe de gato preto, se quebrar um espelho então, são 7 anos de azar, segundo ele. Esse mesmo amigo me disse que eu tenho várias superstições e nem percebo.

Ôpa! E não é que tenho mesmo? Ele próprio me perguntou qual o significado daquele lenço comprido pendurado em meu pedestal junto ao microfone. “Por que quando te falo alguma coisa ruim tu bates três vezes na madeira? Agora há pouco fui passar pelo outro lado do poste tu me puxou pro teu lado pra não cortar a sorte!” Putz… me pegou.

Aí começo lembrar de várias “bruxarias” minhas. Tenho uma vassourinha atrás da porta que ganhei de um amigo, pensei que fosse pra bonito, mas não é mesmo. Tenho uma carranca em cima de minha “cristaleira”! Assim como um olho grego e um maço de pimentas vermelhas penduradas em algum lugar, bem como uma ferradura na parede e vários outros “amuletos”. Pra que os teria? Bem, superstições que com o tempo foram absorvidas como apenas um costume

Cocô de passarinho na cabeça parece que é sorte, mas nesse caso acho uma lambança tamanha. (risos) Certo mesmo é que não passo embaixo de escadas  – seria pra não cair nada em minha cabeça? Estou confuso. Não sei da origem de tais superstições, mas na verdade todos temos um pouquinho delas se pararmos pra pensar, até quando não nos damos conta de que no fundo são superstições. Acho que está impregnado na cultura da gente.

Dizia minha mãe que uma simpatia só se concretiza se o outro lado também acredita, junto vem uma esperança danada de mágica de que alguma coisa boa ou com resultado aconteça. Nesse caso fico com as boas.

Mas confesso que o que me intriga mesmo são os números, e o número 13 pra mim é sorte, ou pelo menos tem sido desde que me lembro, contrariando o preconceito que ronda em torno deste ordinal. Frequentemente sonho com algum número e então vou logo fazer minha “fezinha”, e até já acertei na cabeça várias vezes.

Ah, esses números! Sim, números. Tem pessoas que freqüentam numerólogos e mudam seus nomes ou até nomes fantasias de suas empresas e afirmam ter sentido. Isso tudo me intriga. A numerologia é uma ciência que estuda os números e sua influência na vida das pessoas através de interpretações de vibrações numéricas. Analisando coisas ocultas em nosso cotidiano, espírito e intelecto e nossa natureza. Cada número tem sua própria vibração presente em cada pessoa na sua data de nascimento e nome.

Em véspera de eleições não custa ficarmos atentos não só nos números, mas no caráter dos candidatos, talvez aconteça  uma boa magia. Dizem que tudo o que acontece no mundo é por causa dos números, e não por acaso. Será? O certo que tudo no mundo é energia e estamos sempre esperando por um milagre entre simpatias, superstições e uma boa dose de esperança. Tá certo o meu amigo. Certíssimo.