SALA DE DEBATE. Da toxoplasmose à Petrobrás e ao movimento dos caminhoneiros. Ah, e muita economia
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Se algo não faltou, no “Sala de Debate” de hoje, na Rádio Antena 1, entre meio dia e 1 e meia, definitivamente, não foi entusiasmo. Esse sobrou a todos os convidados do dia: além deste editor, também Werner Rempel, Ruy Giffoni e Eduardo Rolim, todos com as intervenções mediadas pelo âncora Roberto Bisogno.
Sempre presente desde meados de abril, o surto de toxoplasmose, com seus mais de mil casos notificados, de novo se fez presente. E com argumentos veementes da maioria dos participantes. Aliás, veemência que também não faltou em relação a pelo menos dois outros assuntos, de resto bastante ligados: o movimento nacional dos caminhonheiros, com óbvia repercussão no dia-a-dia dos cidadãos, e a Petrobrás, a maior empresa do Brasil e seu significado, seja como um ente em busca de lucro ou, como parte significativa dos debatedores defendeu, uma organização reguladora do mercado.
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Dito isto, dada a situação do país e das perspectivas pós-eleitorais já não critico o povo que fica pedindo a volta dos milicos. Nem o pessoal “pode Jair se acostumando, o Messias vem ai”.
Editor, quase uma ‘Rosane de Oliveira’ local, com sua diarreia verbal crônica de costume é sempre muito engraçado (parti para a ignorância). Antigamente pensava-se que poderia impedir algum outro convidado de dizer algo útil ou inteligente com alguma ‘tirada jocosa’ ou enrolação (cinco minutos para dizer ‘em outros municípios também aconteceu’ é quase um recorde). Só com o tempo notou-se que o perigo era pequeno. Pois bem, na quadricentésima vigésima oitava vez que falou nas tais bolas laranjas das linhas de transmissão, ainda no tempo que era âncora (porque arrastava o programa ou puxava para baixo, não se sabe), estava presente (se não me engano) a debatedora Carine Prevedello. Ela (ainda se não me engano) recebeu mensagem de um ex-reitor explicando a utilidade dos tais equipamentos. Ou seja, no futuro o assunto ‘bolas laranjas’ e ‘primo da eletricidade’ vai voltar.
Para evitar o ramerrame de sempre, sou liberal, liberei o cérebro para dar uma volta tempos atrás e ele não voltou. Porém uma coisa é certa, ao invés de tamanho de Estado o que está em pauta hoje em dia é o Estado que cabe no bolso e a eficiência/eficácia do mesmo. Alás, a maior polarização da revolução francesa não foi entre esquerda e direita, foi entre montanha e planície.
Brasil não precisa de mais cursos de ciências sociais na educação, país já tem teóricos inúteis que chegue,
Não tenho procuração para defender o presidente da Petrobrás, se é ‘sem-vergonha’ não sei, certamente não é o único. Certo no entanto é que a desqualificação é arma do ignorante. Se uma criatura precisa desqualificar ou mentir é porque não tem argumentos e opinião sem base vale nada. Além disto, polui o debate que deveria ser algo racional.
Como estão lidando com o problema lá fora? Em pouco tempo existirão caminhões elétricos sem motoristas. Países desenvolvidos ainda por cima usarão o combustível fóssil como pretexto para criar barreiras comerciais. Mudanças climáticas não são “coisa da Globo’.
Caso das lâmpadas é hilário, como se alguém precisasse da ajuda de mesozoicos para consultar o Google.
Petrobrás é empresa de economia mista. Ou seja, por falta de grana para investimentos em algum momento o Estado admitiu ‘sócios’ (inclusive de gente que colocou o FGTS lá). Os ‘sócios’ têm direitos. Basta perguntar a um bom advogado com nível intelectual mediano e familiarizado com direito administrativo e societário que ele afirmará a mesma coisa.
Petrobrás entrega na refinaria a um preço que representa custos mais a margem dela. Dos lucros (e operações financeiras) paga tributos. Dali em diante existe a parcela dos distribuidores (que pagam impostos) e a parcela dos postos (que pagam impostos). E 43% de tributos adicionais na gasolina e 27% de tributos adicionais no diesel.
Interesse zero no surto. Briga de egos entre profissionais de saúde, gente querendo holofotes, abestalhados achando que é importante “porque é daqui”, ignorantes dando palpite, petezada querendo superdimensionar para colocar a culpa no prefeito e provocar desgaste, prefeitura querendo subdimensionar para defender, ou seja, chinelagem.