VEÍCULOS. Entre motos e carros novos, um congestionamento de 30 km em Santa Maria
Noticiei à tardinha, nesta quinta-feira, dados sobre o mercado automotivo em Santa Maria. Foi um recorde histórico. Nunca antes tantos veículos (entre automóveis e comerciais leves) foram emplacados na boca do monte quanto neste setembro de 2009: exatas 612 unidades, distribuídas entre as cerca de dez concessionárias – 48% a mais que as 414 de agosto.
Estima-se (não tive acesso a esses números) que um terço disso, ou duas centenas, foi comercializado na área de motocicletas. É um verdadeiro espanto, explicado por duas razões básicas: o mês passado foi o último de IPI zero para automóveis e as condições de financiamento. Poderia se incluir uma terceira, intangível: o aumento da confiança da população nas condições da economia brasileira.
Para se ter uma idéia do quanto está aquecido o mercado, nos nove primeiros meses de 2009 já são 4.268 emplacamentos registrados, ou 40% além dos 3.063 do mesmo período do ano passado. E Santa Maria, registre-se, tem um desempenho muito superior ao do Estado e do país inteiro, o que só comprova a existência, aqui, de uma classe média bastante significativa. O acumulado do ano, no Brasil, importa em crescimento de 3% nas vendas. Menos de um décimo da elevação encontrada por aqui.
E AGORA? Segundo pelo menos duas fontes do setor, que ouvi ontem, é bastante provável que ocorra um decréscimo nas vendas, até o final do ano. Ainda assim, o desempenho será superior, na média, ao do ano passado. É verdade que a reimplantação progressiva do IPI terá relevância, na redução do crescimento. Mas não o impedirá.
Resultado: a previsão é que pelo menos outros 1,2 mil (quem sabe até 1,5 mil) veículos zero quilômetro serão comercializados até o fim de dezembro. Com o que, o ano terminará com pelo menos 5,5 mil carros novos transitando na cidade. E pelo menos 1,8 mil novas motocicletas. Daí porque o título desta nota. Se você enfileirar esses mais de 7 mil veículos, deixando um espaço de pelo menos um metro entre eles, e considerando apenas os menores, você terá pelo menos 30 quilômetros. É um congestionamento e tanto, não?
Portanto, e como não se pode, nem se quer, muito menos se pretende, reduzir a atividade do setor, pelo que gera de renda e emprego, as autoridades precisam, definitivamente, partir para atitudes mais radicais para resolver o sistema viário (na foto do arquivo de A Razão). Com certeza, esse assunto merecerá novas notas e reflexões por parte deste (nem sempre) humilde sítio.
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