LÁ DO FUNDO. Luci e futuro, 150 mil razões, bronca no gabinete, canudos e fogos, novidade no governo?
– A vereadora Luci Duartes está tentando vender ao público a ideia de perseguição, nas acusações que a levaram a ser investigada pela Câmara.
– A nobre edil pedetista sustenta (há dúvidas sobre uma questão de datas, mas enfim…) que a acusação de estar irregularmente em dois lugares (no Legislativo e na escola onde é professora) tem tudo a ver com sua condição de candidate à Assembleia.
– Pode ser que sim. Pode ser que não. A investigação vai apurar isso. O fato é que ela talvez não devesse se preocupar tanto – exceto, quem sabe, pelo desgaste público.
– Como se sabe, a atual Legislatura não tem se comportado exatamente como severa com seus pares. Há exemplos disso. Por esse lado, a profe Luci pode se tranquilizar.
– Preocupação, meeeeesmo, ela deve ter é com o inquérito instaurado pelo Ministério Público. Ali, nas alamedas das artes do Direito na cidade, o furo é mais embaixo.
– Bronca da hora é a enfrentada pelo tucano Juliano Soares, às voltas com o problema havido com seu principal assessor, flagrado num incidente de trânsito com direito a uso de facão.
– Nem o feriadão que se encerra parece fazer com que gabinetes influentes no Legislativo tenham esquecido do fato e do potencial desgaste do Parlamento junto à comunidade. Algo a conferir.
– A invasão dos forasteiros se acentua em Santa Maria, da mesma forma que se amplia o número de visitas de candidatos majoritários.
– Partidos como PP e PTB, mas também MDB, PDT e PSDB, abriram a cidade para os vindos de longe. Que, inclusive, dão emprego temporário para militantes locais e criam seus comitês por aqui.
– Além da negligência (e há outra palavra, quem sabe mais doce?) com seu eleitorado local, perpetrada pelas siglas, ninguém duvida de que depois ninguém poderá reclamar da falta de representatividade.
– Ah, e se isso vale para os concorrentes ao parlamento, também é um argumento levado em conta pelos pretendentes ao Palácio Piratini. O quê? Os potenciais 150 mil votos válidos a ser depositados nas urnas eletrônicas.
– Este número de “motivos” é menor, obviamente, que os votos totais, pois deles se retiram os brancos, nulos e a abstenção a ser registrada em 7 de outubro.
– Escreva: após a lei, em projeto de Admar Pozzobom, dos canudos biodegradáveis (com a proibição dos plásticos), que tende a ser confirmada pelo Executivo ou promulgada pela Câmara, tem outro bochincho a caminho.
– Sim, a polêmica que já se instala, com gente contra e a favor, será ainda maior com a aprovação bastante provável de outra lei. No caso, a proposta de Jorge Trindade, que proíbe o “manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de artifícios e artefatos pirotécnicos com estampido”.
– Com amplo apoio dos defensores dos animais, também existe uma ação de quem vive da comercialização desse tipo de produto. Aguardemos.
– Pra fechar: aparentemente está em alta o prestígio do líder comunitário da zona norte e também do Tucanafro do PSDB, Elton Chaves. Que, por sinal, tem recebido apoios pela internet.
– Como antecipou no final de semana o repórter Maiquel Rosauro, o nome dele está em alta para virar secretário adjunto de Infraestrutura, com a saída (a pedido), de Eduardo Crisóstomo.
Lei dos fogos é inconstitucional. É o tipo de proposta que só serve para gerar espaço na mídia e jogar dinheiro público fora movimentando o judiciário.
Eduardo Crisóstomo, se não me engano, era da engenharia no Exército. Sai um técnico e entra um líder comunitário. Que bem para o serviço público isto pode trazer?