Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários
Bancários realizaram uma panfletagem (foto acima) em frente a agências da Caixa Econômica Federal, no Centro de Santa Maria, na manhã desta terça-feira (30). O ato fez parte do Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa, que alerta a sociedade sobre a importância do banco público e reitera o movimento contra a venda da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) – a “raspadinha”, cujo leilão irá ocorrer em 9 de maio.
A Caixa tem 158 anos de história e é o principal agente de políticas públicas do país, sendo líder no setor de habitação (detém 68% de participação do mercado). Além disso, guarda quase 40% da poupança brasileira; financiou R$ 84 bilhões em operações de saneamento e infraestrutura em 2018; e é o banco no qual são pagos seguro-desemprego, abono salarial, PIS, entre outros benefícios. Ano passado, seu lucro líquido foi de R$ 10,355 bilhões.
Apesar de o banco público ser um indutor do desenvolvimento econômico e social, a Caixa puxa a fila de privatizações brasileiras. Além de já ter sido anunciada a venda de parte das áreas mais rentáveis (loterias, cartões, ativos e seguridade), o banco passou a se desfazer dos ativos de maior liquidez, a participação em outras empresas e fundos. Vendeu sua parte no IRB e agora se prepara para se desfazer de parte da Petrobras.
Conforme o diretor do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, Marcello Carrión, a política de privatização vai muito além da Caixa.
“Percebemos que o objetivo do governo Bolsonaro é acabar com os bens comuns, que, entre outros, estão os bancos públicos, a água pública e o respeito ao meio-ambiente”, explica Carrión.
O material distribuído aos santa-marienses alerta sobre os prejuízos de perder a Caixa 100% pública. O ato também foi realizado em outras cidades pelo país.
Em 9 de maio, data agendada para o leilão da Lotex, será realizado um novo Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa.
Questão de ponto de vista. Bem público totalmente dominado por uma corporação não é público, é privado.