ENTREVISTA. Vereador João Ricardo Vargas cogita deixar PSDB em março. Saiba o que motiva sua saída
Por MAIQUEL ROSAURO (com imagem de Reprodução), da Equipe do Site
A abertura da janela para trocas partidárias sem perda de mandato para vereadores, em março de 2020, não se apresenta como favorável ao PSDB de Santa Maria. Um de seus principais líderes, o parlamentar João Ricardo Vargas, cogita zarpar do ninho tucano.
Desde que deixou a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e retornou ao Legislativo, em maio deste ano, o tucano tem adotado uma postura crítica ao governo Eduardo Leite (PSDB). Seu discurso mais intenso ocorreu em 1º de agosto, quando chamou atenção para o atraso do funcionalismo (AQUI).
“Grande parte da comunidade votou no atual governador Eduardo Leite por um único motivo, porque iria colocar esta gestão em dia. E disse ainda que não era falta de dinheiro, e sim era falta de gestão”, disse Vargas à época.
Já no fim do mês passado, o vereador deu uma nova amostra de que segue descontente com o PSDB. Nos comentários de um vídeo seu, sobre a situação da Brigada Militar frente à Reforma da Previdência, Vargas admitiu que deve mesmo trocar de partido.
“Quando decidi me candidatar por convite do PSDB eu disse para todos que, se o partido fosse contra os meus princípios, eu estaria fora. Pois assim devo proceder. Tenho informações que tem janela em março…”, publicou ao responder uma crítica de um usuário do Facebook ao PSDB.
Na sexta-feira (6), o site entrevistou o vereador, que listou os motivos que o fazem seguir em direção à porta de saída do partido. Vargas também relatou que recebeu convites de diversas siglas e que sua ida para o PSL, cogitada nos bastidores, não passa de especulação.
O tucano está em seu segundo mandato consecutivo como vereador. Em 2012, o então tenente-coronel licenciado da Brigada Militar conquistou uma cadeira no Parlamento com 1.773 votos. Quatro anos depois, foi reeleito com 2.488 votos.
Abaixo, confira entrevista com Vargas:
Site: O PSDB estaria indo contra quais princípios que o senhor defende?
João Ricardo Vargas: Quando o PSDB decidiu manter Aécio Neves nos quadros do partido, depois de todos os escândalos que o envolve, isso deixou muitos de nós, filiados, descontentes.
Também, aqui no Rio Grande do Sul, o partido, a nível de Estado, tem agido de forma isolada em diversos aspectos, sem consultar ou escutar as suas bases, que o ajudaram a ganhar a eleição.
Além disso, o governador Eduardo Leite, em campanha, disse que acabaria com os salários parcelados. Mas, pelo andar da carruagem, não me parece que isso vá acontecer. E, agora, recebemos com atraso de 40, 50 dias, o que tem piorado muito a nossa situação. Sou muito cobrado por isso também.
Ainda, tem a questão da Reforma da Previdência. Internamente, tem chegado até mim notícias de que ele tem algumas ideias que não são favoráveis para nós, agentes da segurança pública do Estado, entre ativos e inativos. Mesmo ele negando, estamos apreensivos.
Site: O senhor recebeu convites de outros partidos para deixar o PSDB? Quais?
Vargas: Sim. Desde o início do ano fui procurado por diversos partidos, mas, por enquanto, prefiro não revelar.
Site: Nos bastidores, comenta-se a possibilidade de o senhor ingressar no PSL em março. Como o senhor analisa esta hipótese?
Vargas: Já fui questionado por diversas pessoas a respeito de uma possível ida para o PSL, e também vi alguma coisa na imprensa. Porém, não existe nada disso, somente especulação mesmo.
Concordo com o Coronel que me apoiava a época a pleitear cargo público o de Deputado Federal pelo PSDB, acredito que ele está certo o partido bate muita cabeça, mas o Coronel me parece um político sério, acertada sua decisão.
Dudu Milk é o antigo travestido de ‘novo’. Aquela história de problema de fluxo de caixa era pura balela, quem foi atrás foi trouxa, elemento indispensável no estelionato, inclusive no eleitoral.
O que se vê é uma tentativa de colocar distancia de tudo o que pode resultar em perda de votos no pleito vindouro. Principalmente na base eleitoral do edil, a Brigada.
Tá descontente só com eduardo leite?
E com o governo pozzobom?
Reclamar da reforma da previdência e ir para o psl seria incoerência.