JUDICIÁRIO. Há (quase) um milhão de novos processos sem julgamento, no país inteiro
É fato. E comprovado a partir de dados do Conselho Nacional de Justiça. É de praticamente um milhão o número de processos que deixaram de ser julgados no ano passado. Na contrapartida, aumentaram em 17% as despesas com energia elétrica, papel, água e combustível – que tinham uma meta de redução de 2%.
As causas para tudo isso? Bem, é o caso de se verificar e, com certeza, o CNJ está fazendo isso. Sobre os números, e também outras informações, acompanhe excelente material publicado hoje no jornal O Estado de São Paulo. A reportagem é de Marta Salomon. A seguir:
“Judiciário estoura meta, eleva gastos e acumula quase 1 milhão de processos…
… Mesmo gastando mais do que previsto, o Poder Judiciário gerou um estoque de quase um milhão (exatos 989.321) de novos processos sem julgamento em 2010, quando a meta definida era não acumular nenhum processo proposto à Justiça durante o ano. Assim, o número de casos não julgados deve passar dos 86,5 milhões registrados em 2010.
Os números fazem parte de levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aos quais o Estado teve acesso. A avaliação da produtividade da Justiça será divulgada oficialmente hoje, 27 dias antes da greve por melhores salários marcada por juízes federais. A categoria quer reajuste de 14,79%, e o porcentual seria estendido a todos os magistrados que tiveram a performance avaliada.
Entre as metas fixadas em 2010 pelo CNJ estava a redução de 2% do consumo de energia elétrica, telefone, água, papel e combustível. A realidade ficou bem distante da meta. Os custos do Judiciário com esse tipo de insumo cresceram 17%. O CNJ atribui o aumento de gastos a atividades típicas do ano de eleições…”
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