Da redação do portal Congresso em Foco
Um levantamento feito pelo Radar Aos Fatos mostra que os deputados federais Osmar Terra (MDB-RS), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP) foram os parlamentares que mais geraram engajamento ao publicar desinformação sobre a pandemia de covid-19 no Twitter. A pesquisa levou em conta publicações feitas desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como uma pandemia, em março de 2020.
Dos mil tweets avaliados, 299 (30%) tinham alguma alegação falsa ou imprecisa. Esses tweets somaram 3,3 milhões de interações (retweets e curtidas), 31% do total de 10,4 milhões da amostra analisada.
O levantamento do Aos Fatos aponta que, com 104 mensagens desinformativas que geraram mais de 1 milhão de interações, Osmar Terra foi responsável por cerca de um terço dos tweets com informações falsas. Em abril, no começo da pandemia, o Radar já tinha identificado o deputado como o parlamentar que mais havia publicado desinformação sobre covid-19 até então.
Apesar dos”profetas”do apocalipse e da quarentena inútil,a curva de contágio da Covid 19 no Brasil cumpriu a história natural de todas epidemias virais e,sem qualquer achatamento,chegou ao pico e está caindo no prazo previsto.Em poucas semanas deve terminar.#quarentenanuncamais pic.twitter.com/6JUE1oprNj
— Osmar Terra (@OsmarTerra) June 9, 2020
Como MOSTROU o Congresso em Foco, mesmo após ficar internado na UTI por covid-19, o deputado do MDB segue insistindo no discurso negacionista sobre a doença.
Em segundo lugar, Eduardo Bolsonaro publicou 42 tweets com informações falsas ou imprecisas que acumularam 621 mil interações. Já Carla Zambelli teve 27 mensagens que somaram 312 mil curtidas e retweets.
O Aos Fatos aponta ainda que o assunto mais recorrente da desinformação sobre covid-19 disseminada por parlamentares no Twitter foi a defesa do uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, como a hidroxicloroquina.
Aos Fatos procurou os deputados citados e apenas Carla Zambelli retornou. Ela afirmou que defendeu “o uso de hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina baseada em uma reportagem de vídeo da revista Veja, na qual médicos afirmam que estavam utilizando os medicamentos citados.” Ela também negou ter tirado de contexto a fala de um representante da OMS sobre lockdown e disse que a checagem ignora “as conclusões de médicos a respeito do assunto e que estão na linha de frente trabalhando para salvar vidas”.
O Congresso em Foco reforçou a tentativa de contato com os deputados e o espaço segue aberto para as manifestações.
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Azar de quem presta atenção neles.