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CÂMARA. Proposta que revoga a “LSN” criminaliza ‘fake news’ e a violência política contra as mulheres

Proposta tende a tramitar em regime de urgência já nesta próxima semana

Margarete Coelho, que deve ser designada relatora, antecipou alterações durante seminário (foto Cleia Viana/Agência Câmara)

Por Antonio Vital / Da Agência Câmara de Notícias

O relatório a ser apresentado pela deputada Margarete Coelho (PP-PI) ao projeto  que revoga a Lei de Segurança Nacional (PL 6764/02) conterá inovações não previstas na proposta original, como a criminalização de atitudes classificadas como atentados à democracia: o disparo em massa e o financiamento de notícias falsas com o objetivo de interferir no resultado de eleições e a violência de gênero voltada para afastar as mulheres da política.

A deputada deve ser designada relatora do projeto e antecipou pontos do parecer em seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e outras entidades ligadas ao Direito.

Ela anunciou que a proposta vai revogar a Lei de Segurança Nacional e no lugar dela criar um novo título (12) no Código Penal, denominado “Dos crimes contra o Estado Democrático de Direito”. Esse título vai definir os crimes contra a soberania nacional, como traição, atentado contra o território nacional, espionagem e outros. Vai definir também os crimes contra as instituições democráticas, como golpe de Estado, conspiração, atentado a autoridade e incitamento à guerra civil.

Haverá ainda um capítulo dedicado aos crimes contra o funcionamento das instituições democráticas nas eleições, como a violação do resultado eleitoral mediante violação da segurança eletrônica da Justiça Eleitoral, a questão do disparo de comunicação enganosa de massa (fake news) e a violência de gênero contra as mulheres.

A deputada justifica a criminalização de disparos em massa de notícias falsas com o exemplo do que aconteceu durante o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). “A comunicação enganosa e os disparos em massa criam polarizações artificiais. Mas é preciso coibir não só a prática, mas também o financiamento dessas práticas”, disse.

Ela também classifica como um atentado à democracia a violência política sofrida pelas mulheres. “É um atentado contra a democracia a maneira como se cria um ambiente tão hostil às mulheres para afastá-las da política, a maneira como nos interrompem e esse ódio dirigido às mulheres. E isso não é um mimimi”, disse.

Margarete Coelho disse que o texto ainda está sendo construído. O projeto, discutido em reunião de líderes nesta quinta-feira (8), deve ter sua urgência votada semana que vem no Plenário da Câmara, uma maneira de agilizar o processo de votação…”

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Um Comentário

  1. Violência politica contra as mulheres é o mais puro mimimi. Tanto que precisou ser dito que não é. Óbvio. Não é o que afasta as mulheres da politica, é ‘um artigo para chamar de seu’.
    Fake News esbarra no problema de quem define o que são. Gilmar Mendes?
    Disparos em massa podem ser feitos do exterior. Influencia no Brexit é ‘narrativa’, pura mentira. Tanto que saiu outra eleição, governo conservador a favor da medida foi eleito sem problemas e aconteceu.
    Única questão que fica é se parlamentares tem auxilio botox.

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