A guerra contra a fome é de todos nós – por Roberto Fantinel
“Saibamos valorizar e incentivar as políticas de fomento à agricultura familiar”
Uma das mais duras faces da pandemia é o aumento do número de famílias vivendo em situação de pobreza e insegurança alimentar. Essa batalha não será vencida com a vacina, infelizmente. Precisaremos unir esforços, especialmente o setor público, para garantir a dignidade de milhões de pessoas em todo o Brasil.
Um dos pontos que julgo fundamentais nessa força-tarefa que deve ser implementada desde já, são as políticas públicas de estímulo à agricultura familiar. E nosso Rio Grande é terra fértil nesse setor.
Da produção da agricultura familiar vem o alimento que eu e vocês consumimos todos os dias. E sequer sabemos. 70% do alimento que o brasileiro consome vem das pequenas produções.
Além disso, em 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes a agricultura familiar é a principal base econômica, segundo o censo agropecuário realizado em 2017. Na prática, isso significa o fortalecimento da economia local e a geração de renda e desenvolvimento regional.
Que saibamos valorizar e incentivar as políticas públicas de fomento à agricultura familiar! Com os incentivos feitos de forma planejada, teremos base para garantir a segurança alimentar de quem está em situação de risco e, ao mesmo tempo, gerar desenvolvimento, riqueza e prosperidades para as cidades.
(*) Roberto Fantinel é deputado estadual pelo MDB. Oriundo de Dona Francisca, onde foi vereador, é ex-presidente da Juventude do MDB/RS, integrante do Diretório Municipal do MDB/SM e ex-assessor do governo gaúcho, na gestão de José Ivo Sartori. Ele escreve no site, semanalmente, aos sábados.
Os números, como sempre, sob judice. Nunca vi uma plantação com 100 hectares de mandioca, alface, batata, radite e outros (pode ser que existam). Logo as pequenas propriedades ocupam o nicho. Outra falácia é ‘um casal e dois filhos (ou três, ou quatro) conseguem tirar sustento da pequena propriedade’. Porque chega uma hora que os filhos já adultos querem formar uma família e a pequena propriedade já não basta. Acabam os velhos na pequena propriedade e chega o tempo que não dão mais conta, os filhos já noutro rumo acabam vendendo. Não é adivinhação, exemplos pululam. Na aldeia tem algo parecido, casas velhas em terrenos pequenos a venda.
Logo, quando aparecem os slogans da velha politica ‘vamos comer côcô de colherinha porque é bom e saudável’, melhor abrir o olho. Problemas complexos com soluções simples.