O declínio da oposição? – por Gilson Piber

Se no veranico de maio, o PT santa-mariense não aproveitou o calor para se animar ao embate municipal de 2012, a tendência é de pouca mudança com a chegada do inverno e as baixas temperaturas. Parece que governar Santa Maria saiu das prioridades petistas. As principais estrelas da sigla, no momento, declinam da disputa. Nomes alternativos também não são apontados para encarar o pleito de outubro do próximo ano. Há uma sinalização de que os petistas do Coração do Rio Grande estão tranquilos e/ou desinteressados, pois sobram cargos nos governos federal e estadual.

Me recordo que, em outros tempos, o PT juntava a oposição combativa e encarava qualquer disputa. O ex-deputado Marcos Rolim, muitas vezes, foi para o sacrifício e sempre representou com muita dignidade a sigla nas eleições municipais. Não tinha mau tempo, muito menos receio de derrota. Valia mobilizar os militantes e os eleitores para ideias diferentes, numa campanha alegre e propositiva. Mas era uma outra época, com mais luta e menos acomodação. Com a ascensão ao poder, o PT mudou muito, assim como parte significativa de suas lideranças e militantes.

Enquanto o prefeito Cezar Schirmer segue lépido e fagueiro rumo à reeleição, alguns petistas beijam a mão do Papa Bento XVI no Vaticano e o tucanato faz gritaria em vão na Assembleia Legislativa. É bem verdade que a politica é dinâmica, mas Schirmer encaminha mais quatro anos no Paço Municipal, por alguns feitos na sua administração, mas também porque a oposição não dá as caras, muito menos faz força para enfrentar o peemedebista.

Como dizia o narrador Roberto Brauner: “A vida tá cara, o tempo não para e os números contam a história do espetáculo”. Julho de 2011, Schirmer segue favorito à reeleição para prefeito de Santa Maria. Méritos do prefeito ou incompetência da oposição, principalmente o PT? Ou os dois fatos? O palco de 2012 já está montado, mas só um ator entrou em cena. Os demais ensaiam, ensaiam e ensaiam. Temem o adversário ou não querem assumir o protagonismo da disputa? Que venham as respostas.

Gilson Piber – [email protected]