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A economia do Brasil hoje: renda aumenta, PIB cresce, desemprego recua – por Valdeci Oliveira

Articulista avalia os dados reais e a influência deles sobre a vida da população

Ao contrário dos cenários distópicos apregoados por setores da oposição, que na base da fake news pintam um quadro de “quanto pior, melhor” como forma de minar a credibilidade e avaliação do governo do presidente Lula junto à população, a economia brasileira vem apresentando resultados animadores para quem quer realmente produzir, disputar o consumo no mercado interno e exportar para além das nossas fronteiras. Da mesma forma, os resultados econômicos são positivos para quem vive de salário e depende de emprego para sustentar sua família.

Por mais que os críticos não aceitem e apresentem falsos subterfúgios, a verdade é que a renda domiciliar per capita nacional cresceu 11,5% em 2023 quando comparada com 2022, último ano da gestão anterior, atingindo o recorde de R$ 1.848. E não falo de números aleatórios nem utilizo ‘achismos’ para sustentar o que aqui escrevo. Os dados são públicos, oficiais e foram levantados pelo IBGE.

A atual renda per capita, que está longe de ser a ideal para que o Brasil cumpra o que está em sua Constituição no que diz respeito ao salário mínimo, é o maior valor da série histórica da pesquisa, que teve início em 2012. É suficiente? Por óbvio que não. Mas como tudo na vida, trata-se de um processo que avança ou retrocede a depender da conjuntura e de inúmeras disputas cujos embates fogem à compreensão ou interesse da maioria das pessoas.

E, justamente por isso, o presidente Lula tem feito esforços hercúleos para implementar pautas econômicas que dialogam com o interesse da maioria dos brasileiros e brasileiras, resultem em crescimento econômico sustentável e deem uma face inclusiva e mais justa ao Brasil, sem terceirizar responsabilidades nem fazer de conta de que as coisas não são com ele – fato que vimos muito num passado recente.

Para demonstrar que as críticas não passam de discurso fácil e que não encontram lastro na realidade – apesar de haver muito ainda a ser feito, principalmente para as camadas menos favorecidas na população brasileira -, só no primeiro ano desse terceiro mandato de Lula, o PIB brasileiro subiu 2,9%, nada mais do que três vezes o que era previsto, resultado que supera o da administração passada, ficando atrás apenas do primeiro ano de Lula 2 (2007), de Dilma 1 (2011) e de Fernando Henrique Cardoso 1 (1995).

Nesse demonstrativo, é importante levar em consideração que os cenários internacionais eram melhores e que as respectivas gestões contavam com maiorias – mesmo que de momento – tanto na Câmara como no Senado, além de que o Banco Central nessas ocasiões não era presidido por alguém nitidamente opositor ao governo eleito como agora.

Mesmo assim, o Brasil voltou ao grupo das 10 maiores economias globais e a taxa de desemprego do país no primeiro trimestre do ano foi de 7,9%, uma queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (8,8%). Para efeito comparativo, a taxa é a mais baixa da série histórica de um primeiro trimestre em 10 anos.

Chama a atenção que um dos setores econômicos que abriga parte considerável do discurso oposicionista foi o que mais cresceu em 2023 quando comparado com o ano anterior. Nas contas do PIB do país, o ‘agro’ cresceu 15,1%. E são inegáveis “as digitais” do governo Lula nesse processo. Só o Plano Safra, que é a principal ferramenta estatal de financiamento do setor, garantiu R$ 364 bilhões -, em programas com juros subsidiados realizados por bancos públicos, facilidade para a aquisição de máquinas, equipamentos e insumos, entre outros. Sem esse “musculoso” incentivo, tal resultado nunca teria sido alcançado.

Alguns podem dizer que o discurso negacionista, neste caso, é do jogo democrático. Seria se ficasse restrito à seara do bom senso e da demarcação política. Mas o que temos visto foge a qualquer racionalidade, que dispensa até mesmo o necessário pragmatismo quando o assunto é econômico.

Pode-se dizer que a questão é ideológica, mas nem isso é capaz de explicar tamanha sanha, uma vez que o tal ‘mercado’, em suas mais diferentes facetas, nunca perdeu um só centavo tendo Lula à frente da chefia do Poder executivo do país.

E olha que os resultados poderiam ser ainda melhores não fosse a política praticada pelo Banco Central, cujo presidente, herdado do governo passado e cujo mandato se encerra em dezembro próximo, usa uma receita que vai na contramão da vontade do governo e aplica aqui a maior taxa básica de juros mundial. Mas como disse recentemente o presidente Lula, ao escrever na rede social X (antigo Twitter), ‘queremos elevar o padrão de vida das pessoas mais pobres para um padrão de classe média. Para que as pessoas possam comprar uma casinha melhor e sair para comer no fim de semana. Mas o “andar de cima” não quer que as coisas aconteçam.’ No fim das contas, é isso mesmo, querem uma mesa farta sem ao menos distribuir as migalhas. E é contra isso que temos de lutar.

(*) Valdeci Oliveira, que escreve sempre as sextas-feiras, é deputado estadual pelo PT e foi vereador, deputado federal e prefeito de Santa Maria

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15 Comentários

  1. Eu gostaria de saber porque neste cenário maravilhoso como está sendo citado na reportagem os preços dos alimentos e remédios, gás etc subiram mais de 20% neste semestre e o salário mínimo continua ridículo e as vendas no comércio caíram assustadoramente? Carros ficaram mais caros e por aí vai…

  2. ‘ E é contra isso que temos de lutar.’ Quem sabe os vermelhos não experimentam estudar mais e trabalhar? So discurso, texto e enganar ignorantes até agora não deu resultado.

  3. ‘ Mas o “andar de cima” não quer que as coisas aconteçam.’ Boa e velha luta de classes misturada com teoria da conspiração.

  4. ‘queremos elevar o padrão de vida das pessoas mais pobres para um padrão de classe média.’ Vermelhos vivem de ‘boas intenções’ e praticam grandes c@g@d@s.

  5. ‘[…] usa uma receita que vai na contramão da vontade do governo […]’. Existe um negocio chamado legislação e outros chamados instituições. Obvio, governo não pode fazer tudo que tem vontade, seria ditadura. Alas, é uma postura confortavel, coloca-se a culpa no BC e diz-se que ‘se fizesse como eu quero seria melhor’ (algo não falsificavel por assim dizer). Se o BC baixa os juros e dá m. leva a culpa porque teria feito o que não deveria.

  6. ‘[…] os resultados poderiam ser ainda melhores não fosse a política praticada pelo Banco Central, cujo presidente, herdado do governo passado […]’. Malvadão da vez e, como sempre, a culpa é sempre dos outros. A gastança desenfreada a moda miguelão não tem nada a ver com isto.

  7. ‘[…] uma vez que o tal ‘mercado’, em suas mais diferentes facetas, nunca perdeu um só centavo tendo Lula à frente da chefia do Poder executivo do país.’ Para começo de conversa o ‘mercado’ não é, conforme a teoria da conspiração, um monte de velhos, pessoas sem carater, gananciosas, egoistas, que se reunem para se dar bem as custas do pais. Alas, a definição cabe bem no Congresso Nacional. Ao menos no imaginario popular. Em segundo lugar ‘nunca perdeu um só centavo’ é afirmação tirada do bolso (para não mencionar outros orificios).

  8. ‘Alguns podem dizer que o discurso negacionista, neste caso, é do jogo democrático.’ Segundo Dilma, a humilde e capaz, os vermelhos fazem o diabo numa eleição.

  9. ‘[…] só no primeiro ano desse terceiro mandato de Lula, o PIB brasileiro subiu 2,9%, nada mais do que três vezes o que era previsto […]’. Puxado pelos fascistas do agronegocio (15%) no inicio do ano. Alas, o crescimento medio do PIB mundial foi 3,2%.

  10. ‘[…] o Brasil voltou ao grupo das 10 maiores economias globais […]’ por conta do cambio. Mas é irrelevante, não muda nada na vida do afegão médio.

  11. ‘E, justamente por isso, o presidente Lula tem feito esforços hercúleos para implementar pautas econômicas [,,,]’. Molusco com L., abstemio, honesto e famigerado dirigente petista não entende m. nenhuma de economia. O que tenta repetir é o que foi feito no governo Dilma, a humilde e capaz. Com Tombini os juros foram reduzidos no canetaço e foram mantidos quando deveriam subir (la por 2016). Deu no que deu. Nada que não possa acontecer de novo.

  12. ‘[…] a renda domiciliar per capita nacional cresceu 11,5% em 2023 quando comparada com 2022, último ano da gestão anterior, […]’. Para uma inflação de quase 5%.

  13. ‘Os dados são públicos, oficiais e foram levantados pelo IBGE.’ Que é presidido por Marcio Pochmann, ou seja, tem credibilidade zero.

  14. ‘[…] que na base da fake news pintam um quadro de “quanto pior, melhor” como forma de minar a credibilidade e avaliação do governo [,,,]’, Disto o PT entende bastante. Sempre fez quando não estava no poder.

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