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FERROVIA. Prefeitura de Santa Maria formaliza o início da reforma de vagões e da locomotiva da Gare

Serão investidos mais de R$ 700 mil através de recursos próprios do Município

Santa Maria é uma cidade ferroviária, “por isso esse é um simbolismo muito importante para nós”, disse o prefeito Jorge Pozzobom

Por Diniana Rubin (com foto de Samuel Marques) / Da Assessoria de Imprensa da Prefeitura

Preservar a memória e a identidade ferroviária de Santa Maria faz parte dos objetivos da atual administração municipal. Para a concretização desta meta, a Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Cultura, assinou a ordem de serviço que marca o começo da reforma dos vagões e da locomotiva que estão na Gare. O espaço integra o Distrito Criativo Centro-Gare. O ato ocorreu no local na manhã desta segunda-feira (25). Serão investidos mais de R$ 700 mil através de recursos próprios do Município. Com a assinatura do documento, o serviço de reforma tem previsão de iniciar em até cinco dias.

“Assinamos hoje mais esta importante obra para a reforma completa dos vagões e locomotiva, que fazem parte da revitalização da Gare.. A partir disso, nós também queremos fazer na Gare um ponto de turismo e exploração gastronômica. No ano passado, a nossa Gare começou a ser revitalizada e já está concluída. Agora, iniciamos mais esta reforma que faz parte de todo esse complexo ferroviário”, afirma o prefeito, Jorge Pozzobom.

A empresa SL Manutenções e Comércio Estruturas Metálicas Ltda, de Santa Maria, é a responsável pela reforma. A contratação ocorreu de maneira direta (dispensa de licitação) de empresa especializada para serviços de reforma, recuperação e conservação de bens móveis de valor histórico e cultural da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA), conjunto composto por locomotiva a vapor Mikado, carro Caboose, locomóvel a vapor e carros de passageiros. O prazo contratual para execução e entrega dos serviços será de 180 dias.

“Esse momento simboliza o nosso compromisso em devolver à comunidade importantes patrimônios históricos e culturais de Santa Maria. A Estação Ferroviária é um símbolo da cidade, integrada ao Distrito Criativo Centro-Gare, que tem transformado para melhor o nosso Centro Histórico”, enfatiza o vice-prefeito, Rodrigo Decimo.

A secretária de Cultura, Rose Carneiro, explica que por não contar com profissionais com as necessárias especializações nem com os materiais indicados para execução dos serviços, se fez necessária a contratação de equipe especializada e capacitada para a recuperação e conservação do conjunto.

“Esta reforma é mais um sonho que começa a se concretizar, pois são elementos importantes do Memorial Ferroviário do Município. É um passo fundamental para coroar tudo o que foi feito na Estação. Este acervo faz parte do patrimônio e da história de Santa Maria”, reforça a secretária Rose.

Além do prefeito, do vice-prefeito e da secretária de Cultura, também assinaram o documento a secretária em exercício de Administração e Gestão de Pessoas, Jose Aline Munhoz Walter; o engenheiro mecânico Sidnei Reis, que integra a a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos; o engenheiro eletricista Hélio Santos Fernandes Junior, que faz parte da da Secretaria de Elaboração de Projetos e Captação de Recursos; e o proprietário da empresa e técnico responsável pela reforma, Sérgio Alberto Konrad Lemes.

A reforma

As peças que passarão por reforma são objetos de metal e objetos de madeira de grande porte. Na primeira, estão enquadrados a locomotiva e o locomóvel, que requerem, para sua conservação, profissional com especialidade em metalurgia e que possua equipamentos e materiais adequados.

Na segunda, de objetos de madeira, estão enquadrados os carros de passageiros – este último que poderia ser classificado com uma peça mista, que envolve conhecimentos de marcenaria de maneira preponderante e de metalurgia, em grau menor, mas também importante. Esses objetos de madeira necessitam que seu tratamento seja executado por um marceneiro, com equipamentos e ferramentas específicas e adequadas.

Os objetos não passaram por recuperações anteriores e estão se deteriorando rapidamente, o que pode ocasionar uma grande perda do suporte original, especialmente os objetos de madeira. A falta de uma estrutura protetiva (até então) para as peças fez com que elas ficassem expostas constantemente às intempéries e quedas de folhas, o que acarretou em uma maior deterioração, pois o acúmulo de sujidades, umidade e a alteração climática agiliza o processo de decomposição do suporte.

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