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CINEMA. Documentário sobre Lupicínio abre ciclo Brasil de Todos os Sons, do “Lanterninha Aurélio”

Confira os sete filmes programados pelo Cineclube, para janeiro e fevereiro

Lupicínio viveu em Santa Maria durante seu serviço militar. E aqui compôs alguns clássicos. O filme conta quais (Foto Reprodução)

Da Assessoria de Imprensa do Cineclube Lanterninha Aurélio / Cesma

Quantas histórias o cinema e a música brasileira são capazes de contar? O cinema encontra a música brasileira na abertura do Cineclube Lanterninha Aurélio em 2025! Em sua segunda edição, o ciclo Brasil De Todos Os Sons trará ao telão um passeio por alguns estilos da música brasileira: samba-canção, MPB, choro, samba e Carnaval.

De janeiro a fevereiro, num total de sete sessões, o Cineclube mostrará olhares diversos sobre a música brasileira, valorizando as novas produções cinematográficas, algumas delas inéditas em Santa Maria!

Durante as sessões, o público terá a oportunidade de participar do tradicional debate, sempre com convidadas e convidados especializados no tema, além de prestigiar a participação de músicos e musicistas, escolas de samba da cidade e companhia de passistas, que farão apresentações e pocket shows antes das exibições.

Sempre nas terças de janeiro e fevereiro, com entrada gratuita!

Início da programação: 18h30

E tudo começa já nesta terça-feira, com um documentário sobre o ícone gaúcho da música, Lupicínio Rodrigues, como é possível conferir na íntegra da programação do Ciclo.

Janeiro

14/1

Lupicínio Rodrigues – Confissões de um sofredor

2024

Documentário

Duração: 1h 39min

Direção: Alfredo Manevy

Abrindo o ciclo, o filme Lupicínio Rodrigues – Confissões de um sofredor, com direção de Alfredo Manevy,  produzido pela Plural Filmes, lançado em 2022.

Lupicínio morou em Santa Maria de 1933 a 1934, época em que prestou serviço militar. Aqui escreveu várias músicas que se tornaram grandes sucessos em sua carreira, como “Felicidade”, gravada por Caetano Veloso e Rita Lee. Virou nome de rua e a conha acústica no parque itaimbé reinaugurada, recentemente, foi batizada em sua homenagem.

O Grupo de Estudos sobre o Pós-Abolição (GEPA) da UFSM, que prestou assessoria histórica à equipe da Plural Filmes durante a execução do documentário que aborda a vida do compositor brasileiro, incluindo sua passagem por Santa Maria, estará  presente na sessão, falando sobre a pesquisa para o filme.

Nesta sessão especial do Cineclube, antes da exibição do documentário, às 18h30, haverá um pocket show com Paola Matos e Erick Correa.

21/01

Documentário, O Liberdade (70 min) (Pelotas/RS) lançado em 2011, com direção de Cíntia Langie e Rafael Andreazza.

O documentário musical O Liberdade conta a história de um bar muito peculiar: durante o dia funciona como restaurante popular e atende a um público de agricultores de origem alemã e à noite transforma-se no reduto da música mais genuinamente brasileira: o choro. O longa-metragem, dirigido por Cíntia Langie e Rafael Andreazza, foi realizado pela produtora Moviola Filmes em 2011, na cidade de Pelotas, no sul do Brasil.

O Liberdade homenageia o chorinho – gênero musical fruto do contato dos afrodescendentes recém libertos com os instrumentos musicais portugueses -, mas, sobretudo, homenageia o grupo Avendano Jr. e o Regional, que se apresenta no bar Liberdade desde 1974.

Nessa sessão especial do Cineclube, antes da exibição do documentário, às 18h30, haverá um pocket show com Gilberto Sax.

28/01

E fechando o mês de janeiro, no dia 28 de janeiro, Plauto – Um Sopro Musical (2023)

Plauto Cruz, um dos maiores nomes do choro, é considerado o melhor flautista brasileiro.

Nasceu em São Jerônimo/RS e fez carreira musical em Porto Alegre.

Com uma carreira brilhante, iniciada nas décadas de 1940 e 1950, durante a chamada “Era de Ouro do Rádio”, Plauto harmonizou sua flauta ao lado de destacadas personalidades da música brasileira, como  Ângela Maria, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Nelson Gonçalves e Sílvio Caldas.

O filme celebra o legado sonoro que ele deixou para as futuras gerações, transformando notas em memórias e melodias em eternas inspirações.

Nessa sessão especial do Cineclube, em que o choro é destaque na música do Plauto Cruz, antes da exibição do documentário, às 18h30, haverá um pocket show com a flautista Marina Montero e o violonista Patrick Köhler.

Plauto – Um Sopro Musical

Direção: Rodrigo Portela

Duração: 86 min

Gênero: Documentário / Musical

Distribuição: Lança Filmes

Fevereiro

“Em fevereiro, em  fevereiro/ Tem carnaval, tem carnaval”/ não, mas no cineclube tem”

“Quando chega fevereiro meu caminho é todo seu”

No ano de 2025 o carnaval é março , mas o cineclube Lanterninha Aurélio esquenta os tambores e tamborins na segunda parte do Ciclo “Brasil De Todos Os Sons”.

4/02

No dia 4 será exibido o documentário carioca “Não vamos sucumbir” (2024).

Não existe experiência de escola de samba que não seja política. Partindo da preparação do carnaval de 2020, passando por fevereiro de 2021, quando o carnaval os desfiles das escolas de samba não puderam acontecer, este documentário faz um inventário histórico desde o surgimento das escolas de samba no Rio de Janeiro até o seu retorno no carnaval de 2022. O filme faz uma viagem nos bastidores das escolas de samba através do olhar de seus mais importantes pensadores e realizadores da atualidade, e traz por esta ótica uma visão sobre o universo político e resiliente destas agremiações, tantas vezes ameaçadas por conjunturas econômica e governamentais.

Sua narrativa tem como eixo o acompanhamento da produção de um desfile dentro barracão e na comunidade da Acadêmicos do Tuití, única escola do grupo especial em 2020 com um carnavalesco negro, e mostra neste percurso a importância social e o significado político que faz deste evento uma manifestação singular de arte coletiva, talvez o maior do planeta.

Documentário fala sobre a importância social e política das agremiações, com depoimentos dos carnavalescos Leandro Vieira, Jack Vasconcelos e Rosa Magalhães, além da passista Ketula Mello e do escritor Luiz Antônio Simas, entre outros.

E mostra como foi a retomada do carnaval carioca após a pandemia da Covid.

Não vamos sucumbir

Documentário

Direção: Miguel Przewodowski

1h 32min

Produzido pela 3 Tabela Filmes, em coprodução com a Arpoador Filmes

Nessa noite, antes da exibição, haveráer a apresentação da Cia de Passistas da Escola de Samba Unidos do Itaimbé.

E a convidada é Giullia Ercolani, que vai realizar o debate pós sessão.  Giullia é rainha de bateria da Escola de Samba Unidos do Itaimbé, professora de dança e rainha do Carnaval RS em 2023 e recentemente terminou a sua pesquisa pela UFSM sobre o Carnaval de Santa Maria entre os anos de 1960 a 1981.

11/02

No dia 11 de fevereiro é vez de Saudosa Maloca (2024), baseado na obra de Adoniran Barbosa.

Com Paulo Miklos no papel do cantor e compositor, o longa conta a história de uma São Paulo que já não existe mais, registrada nas canções de Adoniran e Demônios da Garoa.

Inspirado em uma das músicas mais famosas do compositor e sambista brasileiro Adoniran Barbosa, o filme Saudosa Maloca apresenta um já velho Adoniran Barbosa (Paulo Miklos) narrando suas histórias de uma São Paulo que já não existe mais para Cicero (Sidney Santiago), um jovem garçom de um bar.

Com falas e personagens eternizados nos sambas do compositor, ele relembra a vivência na maloca com seus amigos Mato Grosso (Gero Camilo) e Joca (Gustavo Machado), além da paixão deles por Iracema (Leilah Moreno). Com a ajuda do samba, o grupo de amigos sobrevive, mas tem suas vidas ameaçadas quando o bairro do Bixiga começa a passar por grandes transformações e a metrópole é lentamente engolida pelo “pogréssio”.

Saudosa Maloca (2024)

Baseado na obra de Adoniran Barbosa

1h 28min

Direção: Pedro Serrano

Nessa noite haverá antes da sessão um pocket show com Jorge Milico, músico, compositor e intérprete, tocando músicas do Adoniran.

18/02

Nesse dia é noite de O Mistério do Samba. O cotidiano e as histórias da Velha Guarda da Escola de Samba Portela, o grupo de veteranos artistas de uma das escolas de samba mais populares do Rio de Janeiro. Um documentário sobre samba com muito samba tocando e com depoimentos de alguns dos mais importantes integrantes da história do grupo, inclusive o fundador, Paulinho da Viola.

Retrata o cotidiano e as histórias da Velha Guarda da Portela – grupo de veteranos sambistas de uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro – e a pesquisa que a cantora Marisa Monte realizou recuperando composições dos anos 40 e 50 ainda não gravadas. A poesia, a musicalidade e a intimidade desses senhores e senhoras são desvendadas por meio do cotidiano simples de um pequeno bairro da Zona Norte do Rio, Oswaldo Cruz.

Parte das entrevistas é conduzida pela cantora Marisa Monte, que esteve em rodas de samba e em visita das equipes de filmagem a residências dos sambistas. O filme conta com as participações especiais de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho, admiradores e discípulos dos mestres da Velha Guarda. O Mistério do Samba aposta na poesia para contar uma das mais ricas histórias do samba – o mais brasileiro dos ritmos musicais.

Nessa noite haverá antes da sessão um pocket show com a Escola De Samba Vila Brasil.

25/02

Fechando o mês de fevereiro, uma noite super especial, com dois documentários lançados no Rio Grande Do Sul e as lentes do samba com o foco no carnaval.

Na primeira exibição da noite o documentário de 15 minutos é Preto – Nossas Raízes, sobre os 45 anos de história da Escola de Samba Unidos do Pé Preto e suas raízes na cultura carnavalesca de São Francisco de Assis/RS.

Este documentário foi realizado através do apoio e recursos da Lei Paulo Gustavo 195/2022, audiovisual de São Francisco de Assis, Governo Federal e Ministério da Cultura

Direção, Captação, Edição: João Pedro Reck

O segundo filme é o documentário De Outros Carnavais, de 2023, com 58 minutos.

Roteiro e direção: Cíntia Langie e Rafael Andreazza

Trilha sonora e mixagem de áudio: Davi Mesquita

Montagem: Cíntia Langie

A equipe da Moviola acompanhou o Carnaval de Pelotas desde 2011 – foram três anos consecutivos registrando cenas dos barracões, ensaios e desfiles da manifestação mais popular do Brasil. Nesse percurso, vários personagens – artesãos, bailarinos, coreógrafos, músicos, platéia – contaram suas histórias de outros carnavais para as câmeras da produtora, explicando o que o Carnaval representa para cada um.

E abrindo a noite haverá a participação da Escola de Samba Mocidade Independente das Dores, com a presença do Carnavalesco Anderson Braz, Carnavalesco da Mocidade e da Unidos do Pé Preto.

Cineclube Lanterninha Aurélio

Terças

19 horas – Entrada Franca

Auditório João Miguel de Souza

Rua: Professor Braga, 55 – 3º andar – Centro – Santa Maria / RS

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