SECRETARIADO. Schirmer e o ditado popular: “quem não tem técnico ou empresário reconhecido vai de…”
Queira ou não, goste ou não, pressionado pelos partidos aliados (ainda que boa parte deles não tenha coragem de falar diretamente com o homem) e por suas próprias palavras (“o segundo mandato começa após a reforma administrativa”), Cezar Schirmer desembarca da Europa diretamente para o mundo real. Isto é, terá que dar um jeito de definir quem fica, quem sai e quem entra no secretariado. Afinal, já se está no final de junho – o que quer dizer um mandato desfalcado de um oitavo do seu tempo total.
Pelo que o editor conseguiu apurar nos últimos dias, e inclusive a ausência de Schirmer tornou uns e outros mais loquazes e até tagarelas, algumas situações estariam definidas. Uma delas: Rogério Assis Brasil, que acompanhou o prefeito à Europa deve ser mesmo o novo Chefe de Gabinete. Algum lugar haverá de se achar para Magali Marques da Rocha, nem que seja para premiar sua fidelidade política. Mas não será na Educação. Pelo menos por enquanto, João Luiz Roth, que se recupera de um problema de saúde, continua – e Silvana Guerino, a interina, fica onde está.
Há uma tendência, também, de continuidade de Miguel Passini, na Mobilidade Urbana. Quanto mais não seja porque o cargo é do PDT e Passini comanda o partido, junto com Duda Barin e, principalmente, o campeão de votos, Marcelo Bisogno. É quase uma capitania, com seus donatários. Ali, Schirmer só mexe com autorização pedetista.
Há casos de gente que não quer continuar, e com esses Schirmer terá que conversar. Seja para tentar mantê-los, seja para discutir substitutos. Embora isso seja menos provável: seu temperamento, já se viu, é de mandar, e não de perguntar.
Os grandes problemas para Schirmer, neste momento, são mesmo a Saúde e a nova secretaria de Desenvolvimento. Todos, rigorosamente todos, os nomes sondados pelo prefeito, pessoalmente ou por intermediaries, simplesmente declinaram. E não querem se ver no governo. Por quê? Ninguém ousa dizer. Apenas recusam polidamente. O sonho de consumo do prefeito, para a pasta desenvolvimentista, seria um empresário de nomeada ou técnico reconhecido.
Diante da impossibilidade, voltará a insistir para que Diego de Gregori, superintendente da Agencia de Desenvolvimento volte atrás. É, ele também recusou – embora já tenha atuado na mesma secretaria, à época em que Cezar Busatto era o titular. Sim, Busatto (utilizado como exemplo por este editor, na coluna “Observatório” do final de semana, para o que GOSTARIA Schirmer) não virá.
E a Saúde? Já há quem aposte que continua tudo como está. Profissionais do setor, os mais diversos, alguns bastante reconhecidos na comuna, por sua atuação, foram lembrados. E sondados. Todos, rigorosamente todos, recusaram. Virá alguém de fora? Funcionário de carreira? Ninguém sabe. Até lá, bem, até lá segue a dublê de secretária e procuradora, Anny Desconzi, confiando na (boa) equipe do setor para tocar o barco. A população se queixa? Ora, a população…
Acho que o prefeito esta certo, não tem que dar cargo para esse aproveitadores e não mudar nada total não vai fazer nada mesmo.