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CÂMARA. Governistas usam todos os truques políticos para evitar que relatório sobre ética chegue ao plenário

De pronto, o editor deixa claro: o que se está fazendo, na Câmara, no presente momento, é política. E enquanto o que se fizer se encontrar dentro dos trâmites, pode-se discordar e até embrabecer, mas não desconhecer o fato. E até entendê-lo, mesmo que seja uma aparente afronta.

Enfim, o que se está tentando é salvar a pela política do governo. E de seus representantes. Esse o objetivo principal. Mas há outro, acessório, e não menos desimportante: evitar a todo custo o desgaste de uma votação em plenário do relatório que, provavelmente, recomendará no mínimo advertência aos integrantes da governista CPI da Kiss.

É exatamente esse o contexto e, nele, o objetivo. Mas, e a estratégia? Ora, tentar, primeiro de tudo, melar o relatório que deverá sair da subcomissão de Ética que vai avaliar a conduta de duas edis, Maria de Lourdes Castro (PMDB) e Sandra Rebelato (PP), a partir da chamada gravação ASSOMBRADA – em que, e isso é impossível esconder, se disse que a Comissão “não podia dar em nada”,  e que, se fossem ouvidos os réus da Kiss, se “chegaria a Schirmer”. Isso está lá. Não tem como tirar.

É dado de barato que a subcomissão pedirá punição às edis. Provavelmente advertência. Ninguém imagina sugestão “mais forte”. E houve uma artimanha (legítima) de troca de integrantes na Comissão de Constituição e Justiça, para cortar o barato da oposição ali mesmo. Se descobriu, rapidamente, e este editor REGISTROU, que, por conta do artigo 85 do Regimento Interno, o truque (legítimo) não funcionou. E, assim, o caso vai para o plenário. O que obrigará muitos governistas quietos até agora a se manifestar. E se expor. O que ninguém quer, pois serão inevitavelmente cobrados pelos familiares das vítimas da tragédia.

Então, partiu-se para mais uma jogada (legítima): tentar mudar a composição do grupo em que a oposição é maioria. É improvável que dê certo, pra não dizer impossível. Mas o governo (e seus representantes) continua tentando. E isso, gente, é política. Ah, mas qual a última (se é que não surgirá outra?) medida? Esta, relatada por material publicado originalmente na edição deste final de semana do Diário de Santa Maria. Confira:

 “Crise entre colegas

As vereadoras governistas Maria de Lourdes Castro (PMDB) e Sandra Rebelato (PP) protocolaram, ainda na manhã de sexta-feira, junto à Comissão de Justiça, Ética e Decoro Parlamentar, um pedido para que o vereador e líder da oposição, Werner Rempel (PPL), não atue na subcomissão de Constituição, Justiça, Ética e Decoro Parlamentar, que analisará eventual quebra de decoro dos colegas que integraram a CPI da Kiss.

As governistas listam uma série de motivos para que Rempel não faça parte dos trabalhos. Entre as alegações das vereadoras, está o fato de Rempel ter se posicionado contrário à CPI da Kiss.

– Ele participou durante todo o tempo da CPI e ainda se manifestou publicamente contrário à CPI e ao relatório final da comissão. Ele não teria a isenção necessária para atuar na subcomissão – alega Sandra…”

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2 Comentários

  1. Quem não deve não teme qual o motivo de tanto medo, se são umas pessoas integras, e andam sempre certas não consigo entender tanto medo.

  2. É interessante notar que, pra defender os interesses próprios, esses vereadores são muito ativos e conhecem tudo da lei. Gostaria que eles fossem assim todos os dias (só que em prol da população).

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