ESPECIAL. Mulheres são mortas por machismo, diz delegada. Um caso seria o do assassinato de Betania
Por LUIZ ROESE, Especial
Entra ano, sai ano, as mulheres acabam se tornando vítimas de pessoas próximas a elas, predominantemente maridos ou companheiros. Essa é a realidade do país, e não é diferente em Santa Maria. Neste ano, três foram assassinadas em Santa Maria. Uma pelo filho, uma por um conhecido e a terceira, pelo marido.
A bancária Betania Furlan Miolo, 33 anos, foi morta a tiros pelo marido, o vendedor de frutas Eldenir Miolo, 36 anos, na tarde do feriado de 7 de Setembro deste ano, em Camobi. Betania tinha ido lá para deixar o filho aos cuidados da sogra, que reside nos fundos da residência. Ao sair do prédio, ela foi abordada pelo ex-marido, e os dois acabaram discutindo. Testemunhas viram Eldemir tentar obrigar a esposa a entrar no carro dele. Como ela resistia, o homem atirou contra a barriga dela.
O caso da bancária é exceção entre a maioria dos assassinatos envolvendo mulheres em Santa Maria. Isso porque a vítima não tinha registro de ocorrência contra o autor. Via de regra, não é o que ocorre. Especialmente em “crimes passionais”. Mas esse não é um termo muito usado pela titular da Delegacia da Mulher, Débora Aparecida Dias. “A gente nem gosta de falar em passional. Não é passional, é cultural. As mulheres morrem por machismo. A Betânia morreu porque não queria mais manter o casamento com marido. E ele não soube ouvir um não.”, comenta a delegada.
DAQUI A POUCO: A dor e a saudade dos que ficaram.
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