Os últimos números relativos ao Produto Interno Bruto brasileiro, se não chegam a entusiasmar, ao menos permitem supor – diz a maioria dos analistas -, ao menos leva embora o fantasma da recessão. Mas é preciso ir um pouco além, e avaliar as razões para esse bom desempenho, que se imagina não seja momentâneo.
Aí se sobressai, com altivez, o Campo. É dali que sai a melhor notícia para a economia do País e mereceu, inclusive, uma grande reportagem na versão eletrônica nacional do jornal espanhol El País. Vale conferir o material assinado por Carla Jiménez, Felipe Vanini e Frederico Rosas, com foto de Valter Campanato, da Agência Brasil. A seguir:
“A agricultura salva novamente a economia brasileira…
…Se há um setor resiliente no Brasil é o agronegócio. Mais uma vez, a produção agrícola serviu de anteparo para o resultado do Produto Interno Bruto, que no terceiro trimestre recuou 0,5%. No acumulado do ano, o país cresceu 2,3%, com um peso importante da expansão de 7% da agricultura e a recuperação dos investimentos. A atividade no campo garantiu um Produto Interno Bruto (PIB) um pouco maior do que as previsões mais pessimistas. A safra prevista de grãos neste ano é recorde e está estimada em 193 milhões de toneladas, o que pode garantir novamente um “seguro verde” para o resultado do PIB deste ano. Apesar da seca em algumas áreas produtoras no começo deste ano, a analista da Agência Rural, Daniele Siqueira, acredita que, como a área plantada também aumentou, isso não vai prejudicar o PIB da agricultura em 2014.
No último trimestre, a economia voltou a crescer, dissipando os fantasmas sobre um possível processo de recessão técnica, quando há expansão negativa por mais de dois trimestres. A melhora das exportações entre outubro e dezembro garantiu o avanço de 0,7% nesse período. Mesmo assim, qualquer avaliação feita sobre o conjunto da obra não é capaz de reverter o pessimismo dos especialistas. “É um resultado medíocre, muito abaixo do potencial da economia brasileira. Para voltarmos a crescer, ter novo ânimo, precisamos de uma mudança de política, de discurso. E não há nada que diga que algo vá mudar antes das eleições”, diz Roberto Gianetti da Fonseca, vice-presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo…”
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