PROTESTO. Mobilização reivindica manutenção do Vestibular na UFSM. Entidades vão entrar na Justiça

Um número indefinido – conforme as fontes ouvidas, podem ter sido 200. Mas há quem diga terem sido 500. Fossem quantos fossem, e o jornal A Razão noticia 300, o fato é que houve um protesto significativo e legítimo no cento de Santa Maria, na manhã passada. Todos contra o fim do vestibular da UFSM – pelo menos neste ano -, como decidiu semana passada o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.
A manifestação precedeu outra decisão, esta tomada à tarde. Os empresários, reunidos em torno de suas entidades de classe, como Cacism, CDL, Sinduscon e Sindilojas, pretendem entrar no Judiciário buscando reverter o que definiu a UFSM, através do CEPE. O resultado é incerto, mas é uma outra tentativa, agora no front jurídico.
Mas, especificamente sobre a manifestação de rua, vale conferir trecho do material que o jornal A Razão está publicando em sua edição desta quinta-feira. A reportagem é de Nathália Drey Costa, com fotos de Juliano Mendes. Acompanhe:

“Protesto critica extinção do vestibular da UFSM…’
…Faixas, cartazes e gritos de ordem: a Praça Saldanha Marinho amanheceu nesta quarta-feira, 28, munida de um protesto realizado por estudantes e empresários da cidade, contrários a forma como vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi extinto pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da instituição, durante reunião realizada na quinta-feira passada, 22.
A informação, divulgada ainda no mesmo dia da decisão, pegou estudantes de cursinhos, escolas (públicas e privadas) e empresários de surpresa. As manifestações em redes sociais na internet foram acaloradas e a decisão de realizar um protesto agrupou cerca de 300 pessoas na manhã de ontem. Em um caminhão de som organizado para o ato, estudantes, pais e empresários se manifestaram a respeito da decisão. A principal reivindicação exigia a realização do vestibular para, ao menos, este ano. Além dos estudantes, de cursinhos e colégios, participaram representantes da Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (Cacism), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fórum das Entidades Empresariais e União Santamariense de Estudantes (USE).
Debate – A manifestação saiu da Praça Saldanha Marinho em direção ao viaduto Evandro Behr, passando pela Rua Alberto Pasqualini, seguindo até o prédio da Antiga Reitoria da UFSM, na Rua Floriano Peixoto. Um abaixo-assinado pela revogação da decisão de extinguir o vestibular circulou durante a manifestação. Quando os manifestantes chegaram ao prédio da UFSM, estudantes – da instituição e de escolas públicas – os aguardavam em frente ao local, com faixas e cartazes que defendiam o fim do vestibular, as cotas e a adesão ao Sisu. Conforme Lei nacional, de Nº 12.711 de 2012, a UFSM reservará 50% das vagas para cotas na instituição. A lei prevê a reserva para estudantes de escolas públicas, com percentuais para negros, pardos e indígenas, além de 5% para deficientes físicos (mesmo que não tenham estudado em escola pública)…”
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Tem um certo empresario que tomou gosto pelas manifestações. No tempo da ditadura quando os corajosos professores e estudantes clamavam por liberdade,ensino de qualidade,por uma universidade igualitária onde o negro, o pobre tivessem acesso onde será que estavam esse e os outros empresários?
Demorou, mas chegou o dia que EDUCAÇÃO não rima com ECONOMIA, LUCRO, EXPLORAÇÃO IMOBILIÁRIA.
Grandes empresários suplicando as migalhas de mais um vestibular, preocupados com a educação dos Santamarienses. Ta conta outra
O direito à manifestação é livre, como foi dito anteriormente. Mas têm causas e causas. Me parece que o grupo manifestante também pode querer se manifestar pela volta do império, pela volta à dependência de Portugal, pela volta da escravidão etc. A UFSM é soberana, tem suas instâncias que têm legitimidade para definir. E decidiram. Agora é aproveitar o novo. O resto, me parece mais derramamento de lágrimas de forma compulsiva e inútil.
Têm direito de se manifestar. Têm direito a recorrer ao judiciário. Mas legitimidade ad causam não vejo.
Mas olha quem está ali na foto… Não é o famoso chutador de baldes de Santa Maria?