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SAÚDE. Um punhado de versões cerca a história do hospital da Unifra. E nenhuma delas combina entre si

O assunto mereceu nota neste sítio na última terça-feira. Dava-se conta, então, da INEXISTÊNCIA de projeto para mudar o Plano Diretor de Santa Maria – que seria condição fundamental para a implantação do hospital escola do Centro Universitário Franciscano (Unifra) no bairro Nossa Senhora de Lourdes.

Neste final de semana, o tema foi objeto de elucidativa reportagem assinada por Marcos Fonseca, no jornal A Razão. Pelo texto, na avaliação claudemiriana, fica óbvio que alguém tem alguma coisa em algum lugar capaz de garantir o hospital. E não conta. Ou ninguem tem nada em lugar nenhum. O que é uma hipótese cada vez mais plausível.

O prefeito Cezar Schirmer se mostra receptivo à ideia de mudança no Plano Diretor, se isso garantir a construção do hospital. No entanto, declara esperar, para isso, a necessária licença ambiental. Nunca esquecendo que, para mudar o PD não é assim tão simples quanto se pode supor. A necessidade de audiência pública e formação de Comissão Especial são apenas dois dos requisitos.

De outra parte, a Unifra, por sua assessoria de comunicação, revela que o projeto do hospital pode até ser mudado – para garantir a construção. Dedução claudemiriana: vai ser algo mais horizontal, e não os oito andares anunciados. Mas é apeeeenas conjectura do editor.

A Fepam, por sua vez, que teria que dar a tal licença ambiental da qual fala o prefeito, jura que não há nenhum parecer técnico, pois simplesmente nada chegou até ela. Como? Pooois é. Ah, e o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, não vê motivos para a Prefeitura esperar pela Fepam, nem o oposto.

Aliás, a Unifra também disse que já enviou laudos para a Fundação encarregada de zelar pelo meio ambiente “comprovando” que não existe Área de Preservação Ambiental (APP) no terreno em que seria construído o hospital. Mas, diz a instituição franciscana, “até hoje não foram analisados”.

Deu pra entender? Isso mesmo. É um balaio de versões que não convergem. Vai daí que é lícito supor que tão cedo o hospital não sai do papel. Nem do lugar. A propósito, em que lugar? Vale, creia, conferir a reportagem do Fonseca. Ela esmiuça, e bem, tudo isso. A foto é de Reprodução. Acompanhe:

É tanto, mas tanto, nó, que parece difícil acreditar que algum dia o hospital vire realidade
É tanto, mas tanto, nó, que parece difícil acreditar que algum dia o hospital vire realidade

Quem vai desatar esse nó

O sinal verde para a criação do segundo curso de Medicina em Santa Maria alimenta as expectativas de um providente impulso à área da saúde da região central do Estado. Além dos 80 novos profissionais que o Centro Universitário Franciscano (Unifra) passará a entregar ao mercado por ano, junto virão importantes investimentos em infraestrutura para atendimento à população. O principal deles é um hospital-escola de R$ 140 milhões. Contudo, o que ainda preocupa é o lento avanço do projeto privado, que não tem data para sair do papel.

Apresentado há um ano e três meses, o empreendimento se revelou um sonho e, ao mesmo tempo, um desafio. Questões técnicas e ambientais geram um ambiente de turbulência que ameaçariam o voo de Santa Maria rumo ao novo complexo hospitalar de 400 leitos e 2 mil funcionários. Será o maior da região.

Trata-se de um nó a ser desatado entre Prefeitura, governo do Estado e a própria Unifra. Para compreender melhor: o projeto apresentado é de um hospital de oito andares. Mas o terreno já adquirido pelo centro universitário fica em um bairro residencial, o Nossa Senhora de Lourdes. Embora aquela região da cidade concentre shopping, hipermercado, posto de combustível e revendas de automóveis, por exemplo, a legislação municipal não permite que ele receba um hospital. Motivo: o porte avantajado da estrutura…”

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