ELEIÇÕES. Opção por Marina pelo PSB impacta no PMDB gaúcho. Problema se amplia, se Beto for o vice
Era uma escolha que já não unificava o PMDB gaúcho. Parte do partido marcha unida ao presidente nacional da sigla, Michel Temer, que é vice de Dilma Rousseff. Outro grupo, mais ligado ao agronegócio, desconfiado com a vice Marina Silva, fechava mesmo é com o tucano Aécio Neves. E, assim, embora com maioria, a adesão formal a Eduardo Campos, do PSB, tinha muito a ver também com o nome de Beto Albuquerque, alçado à condição de candidato ao Senado, pela coligação liderada por José Ivo Sartori.
E agora, que Campos, morto em acidente aéreo na semana passada, será substituído por Marina Silva, como ficará? E mais: parece bastante claro ser muito possível que Albuquerque seja o representante do PSB na chapa em que grande líder do Rede Sustentabilidade será a titular. A formalização dos novos nomes acontece até quarta, mas o PMDB gaúcho já trabalha (se não faz isso, deveria) com a hipótese de Beto ter que ser trocado, no Rio Grande do Sul.
São, portanto, dois problemas. Um é a tendência clara de ampliação do fracionamento interno. Afinal, o apoio era a Campos, não necessariamente a Marina. Parece evidente que, pelo menos no papel, isso seja mantido. Mas, e na prática? Haverá, é o que se diz, um grupo ainda maior de apoiadores aecistas e, talvez, até mesmo para Dilma, mesmo que em menor escala. Como fica a candidatura de Sartori diante de tudo isso?
E, por fim, a questão do Senado. Se diz, hoje, que o único nome capaz de ir para a campanha com possibilidades de, se não vencer, ao menos ajudar na candidatura de Sartori é o veterano Pedro Simon. Que teria vantagem adicional: é marinista juramentado. O diabo é ele aceitar, já que descartou a hipótese lá atrás. Se bem que, então, Eduardo Campos era vivo. E agora?
A conspirar ainda mais está o tempo. Quanto mais demorar, pior ficará. Sem falar que, Beto concorrendo à vice-presidência, a definição terá que se dar até sábado. No máximo. Poois é.
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