CRÔNICA. Liliana de Oliveira e a diferença entre o egoísmo e a empatia. Sim, ambos estão presentes
“…Alguns tantos defendem a importância de ter filhos e consideram aqueles que não têm egoístas por não abrirem mão de suas vidas em função de um outro. Entretanto, um dos motivos pelos quais muitos dizem ter filhos é a preocupação com os cuidados na velhice. Ou seja, filhos são garantias para o futuro. Mais uma vez, temos filhos para satisfazer nossos desejos mais egoístas.
Parece que o egoísmo, assim como a empatia, é marca da condição humana. Mas, infelizmente parece que o egoísmo tem ganhado força. Bom mesmo seria se conseguíssemos cada vez mais nos colocar no lugar no outro. Se colocar no lugar do outro não para dizer o que ele deve fazer, mas para entendê-lo. Se colocar no lugar do outro, para…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Empatia”, de Liliana Souza de Oliveira – que escreve semanalmente, as terças-feiras. Ela é graduada e Mestre em Filosofia pela UFSM. Atualmente doutoranda em Educação na mesma Universidade e professora de Filosofia do Instituto Federal Farroupilha/Campus São Vicente do Sul.
O BRANDO, no texto tento trazer uma breve reflexão sobre empatia e egoísmo. Creio que você faz algumas confusões. Vamos a elas:
a) Não estou falando das pessoas que agem mal e depois cobram empatia quando devem pagar pelos seus atos. Falo de modo geral da nossa incapacidade de nos colocar no lugar dos outros em diferentes momentos em função do nosso olhar centrado em nós mesmos.
b) Sua questão: Quem deve arcar com as consequências das decisões de alguém? não é minha questão. Meu texto trata de outra coisa. Até mesmo porque sua questão tem uma única resposta: o autor da ação é sempre responsável por ela. Salvo caso de incapacidade de responder por sua ação (crianças, doentes mentais,etc).
c) "Não crentes são egoístas" vai na direção oposta do meu texto. No meu texto não estou considerando crenças pessoais, mas tratando da condição humana como um todo que vai muito além de qualquer crença.
Obrigada pela contribuição! Sigamos pensando!
Questão complexa. Certas pessoas tomam decisões erradas, se colocam nas situações mais bizarras possíveis. Muitas vezes cientes e avisadas dos resultados. Quando a "conta" chega, cobram empatia dos outros e quem não ajudar é egoísta. A questão de fundo é: quem deve arcar com as consequencias das decisões e atitudes de alguém?
Outros, ideologicamente, acusam os "não-crentes" de egoístas. Até têm uma certa razão, em alguns casos é isto mesmo. Mas a generalização não procede, na maioria das vezes o problema é reconhecido, a diferença está na solução.