Uma Comissão Especial montada sob medida por Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, deverá propor uma reforma política em poucos meses. Mas há alguns preceitos que o próprio comandante do parlamento já perfilou e que ferem de morte qualquer tentativa de mudança objetiva nos modos de fazer política-eleitoral. Um deles é a manutenção do financiamento privado das campanhas.
Vai daí que, embora meritória, a ação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Ordem dos Advogados do Brasil, outrora influente organizações na defesa da democracia (que ainda defendem, mas sem um décimo da força de outrora) é muito mais uma manifestação de intenções do que qualquer outra coisa.
Sim, o editor está cético. Acredita que apenas uma constituinte exclusiva pode fazer a devida reforma. Não será o atual congresso conservador que mudará o que for, de substancioso. Mas, enfim, a notícia é esta, como você pode conferir no material produzido pela Agência Brasil. A reportagem é de Ana Cristina Campos (texto) e José Cruz (foto). Confira:
“CNBB e OAB lançam manifesto em defesa da democracia e da reforma política
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançaram hoje (quarta, 25) o Manifesto em Defesa da Democracia. O documento, assinado pelos presidentes da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e da CNBB, cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, tem por objetivo contribuir para o debate da reforma política.
Para as entidades, o Brasil enfrenta graves dificuldades político-sociais e o sistema político passa por uma crise. “A inquestionável crise por que passam, no Brasil, as instituições da democracia representativa, especialmente o processo eleitoral, decorrente de persistentes vícios e distorções, tem produzido efeitos gravemente danosos ao próprio sistema representativo, à legitimidade dos pleitos e à credibilidade dos mandatários eleitos para exercer a soberania popular”, diz o texto.
No manifesto, CNBB e OAB pedem o fim do financiamento empresarial às campanhas eleitorais, “causa dos principais e reincidentes escândalos que têm abalado a nação”. Com o fim desse sistema de financiamento, as instituições acreditam que será possível afastar “a censurável influência do poder econômico” no resultado das eleições…”
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Financiamento exclusivamente público de campanha e constituinte exclusiva. Grande espanto, a opinião do editor coincidentemente é igual a de Lula. A única saída para o país é a reforma política do PT e a constituição que o PT conseguir comprar. O resto nada serve. E bolivarianismo é teoria da conspiração.
Congresso conservador, ou não, foi democraticamente eleito, conforme as regras do jogo. Quem vota errado tem que pagar o preço.