“Quando estava ruim, sobrava” – por Carlos Costabeber

Meu amigo Alcion disse o seguinte, ao comentar sobre a onda de pessimismo que assola o país: “Carlinhos, quando estava ruim, sobrava”! No mesmo instante, disse a ele: “me destes uma ideia para o próximo artigo”, pois precisamos manter viva a luta contra isso tudo. E realmente, a minha geração conviveu com tantos períodos difíceis (planos econômicos fracassados, inflação de 50% ao mês, recessão, crises mundiais, moedas diferentes, governantes incompetentes, entre tantos), mas que foram superados pelo povo brasileiro.

Hoje convivemos com mais um período de dificuldades, depois de tantos erros na condução da economia. E aí entra a diferença, entre as pessoas e empresas que sobreviveram no passado: a gente não se abala por qualquer coisa, pois sabe como encontrar alternativas, e de que as crises têm uma data para acabar. Por isso, a importância do aprendizado! De alguma forma, todos estamos sendo afetados, mas de nada valerá esse sacrifício todo, se não aprendermos as lições que o momento nos proporciona.

Assim, me coloco no lugar da população brasileira, que recebe diariamente uma brutal carga de notícias alarmantes. Claro que essa pressão tem um efeito imediato no comportamento dessas pessoas, levando-as ao medo com relação ao futuro. E não é para menos, pois o pior disso tudo é o aumento do desemprego; um fenômeno que atinge diretamente as famílias (principalmente nas regiões metropolitanas), levando-as a restringir o consumo e eliminar todo e qualquer  desperdício.

Foi por isso que tive a audácia de colocar aquela placa na frente da minha empresa, com a frase: “Aqui não temos crise”. A repercussão foi muito maior do que imaginava, tanto nas redes sociais, como na opinião positiva dos clientes e visitantes, e dos que trafegam pela BR.

Sempre digo  que “o Brasil é muito maior do que o buraco”. Que nós somos um país muito grande para quebrar. Somos o celeiro do mundo, com um imenso mercado consumidor, e com potencialidades em todos os campos da atividade econômica. Claro, que “a dor ensina a gemer”, e tanto pessoas como empresas sairão dessa muito mais fortalecidos. Certamente todos aprenderão as lições desse período de crise, e farão correções na gestão dos negócios, no desempenho profissional e no próprio orçamento familiar.