Algumas categorias federais estão em greve. Há as que estão paralisadas faz mais de um mês, caso dos servidores técnico-administrativos das Universidades, inclusive a UFSM. Os trabalhadores tentam uma agenda unificada. E isso, aparentemente, não chega a ser um problema para o governo. Tanto que a proposta também é única: 21,3% nos próximos quatro anos.
Até aqui, não cedeu um milímetro, pelo menos no percentual. O que desgosta os servidores, que programam uma marcha em Breasília, na manhã desta quarta, pretendendo encerrá-la com uma audiência na Secretaria Geral da Presidência da República.
Sobre tudo isso, do ponto de vista dos trabalhadores, vale conferir o material originalmente publicado na página da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (que não estão parados), com informação do Andes, o sindicato nacional da categoria. Acompanhe:
“Governo mantém proposta de 21,3% a SPFs em quatro anos…
…Durante reunião com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF), nesta segunda, 20 de julho, a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog) manteve a proposta de reajuste salarial de 21,3%, parcelado em quatro anos. Apesar da falta de avanço no índice de reposição do poder de compra dos SPF, a força da mobilização das categorias do funcionalismo pressionou o governo a apresentar resposta a outros itens da pauta como a revisão dos benefícios, de acordo com a inflação acumulada no período, incluindo o ano de 2015.
Para os auxílios alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs correção de 22,8%. O primeiro passaria a ser R$ 458 e o último proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101 e o máximo R$ 205. Já o auxílio creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores praticados em cada estado.
Segundo Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, um dos pontos de discussão na mesa foi o fato do governo apresentar uma proposta que inclui a inflação do ano de 2015 para os benefícios, mas não aplicar a mesma lógica para reajuste dos salários. “A proposta que ele mantém na mesa, de 21,3%, dividido em quatro anos, não repõe nem a inflação do período”, criticou. O presidente do ANDES-SN contou que a única novidade em relação à reposição das perdas salariais foi a sinalização por parte do governo da possibilidade do acordo conter uma cláusula de renegociação em 2017, caso a inflação atinja um determinado patamar, o qual não foi definido ainda.
“A reunião demorou porque as entidades pediram vários esclarecimentos em relação a essas contradições e reafirmaram que o governo tem que rever essa proposta, pois, numa negociação salarial, o mínimo a ser apresentado é a inflação período. Todas as entidades reafirmaram a posição de que não aceitam o reajuste parcelado em quatro anos, porque isso significa corroborar, previamente, com o confisco dos salários e a perda do poder aquisitivo dos servidores”, disse…”
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Conto de Tarso, o intelectual. Concede aumento parcelado em X anos. Depois, no meio do caminho há um congelamento, há um congelamento no meio do caminho.